Capítulo 15 - Amputação

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Boa Leitura 💜

Junho, 19, 2028.

BRASIL. Rio de Janeiro. Corcovado. Condomínio Doce Luxo. 21:26 pm.

Narração por Tess

Estamos à séculos esperando por notícias de Aria. Alex saiu desesperado da sala e, após isso, Marcos chegou apressadamente. Ele entrou na sala e os dois ainda estão lá dentro realizando a cirurgia. Sim, ela terá que amputar o braço. Se não, morrerá.

Alex que nos informou disso tudo. Aliás, o mesmo está no momento chorando em meu ombro e eu estou consolando-o falando a mesma frase: "vai ficar tudo bem" repetidas vezes e dando leves tapinhas em suas costas.

Acho que repeti várias vezes para ele no intuito de me convencer também, porque eu também estou com medo.

Estou morrendo de medo.

Aria se tornou muito importante para todos nós com aquele jeito irônico, descontraído e humilde dela.
Robert estava aqui ajudando-me à consolá-lo, mas como preferimos não dizer nada à Cassie, ele foi embora para não dar tão na cara.
Antes dele ir, Alex se apressou em chamá-lo.

— Sim? — Robert vira-se para trás.

— Tome. Aria pegou para dar de presente à Cassie, mas como ela não poderá entregar, faz o favor de entregar à ela em nome da Aria e diz que ela não entregou pessoalmente, pois não pôde — ele diz e Robert assente, agradecendo, se despede de todos nós novamente e se vai.

Estamos à um tempo consideravelmente longo e nada de notícias.

Nenhuma mesmo.

Estou quase tendo um treco.

Depois de quase dormir sentada no sofá com Alex babando em meu ombro e Chris ao meu lado andando de um lado para o outro, Jackson sai da sala tirando as luvas de látex; está cabisbaixo.

— E então?

Pergunto levantando, fazendo Alex se assustar e cair com o rosto no sofá e, Chris dar um pulo.

— Bom, fizemos a operação e ocorreu tudo bem, o problema é que...

— Diz logo, Jackson!

Alex exclama e Jackson levanta o olhar.

— O vírus já havia se espalhado pelas veias sanguíneas dela. Conseguiremos deixá-la viver, mas ela ficará em coma induzido e só poderá acordar quando conseguirmos o anti-vírus.

— O quê? — Alex parece não acreditar no que acabara de ouvir.

— É a única forma de mantê-la viva. Senão, a febre a matará e ela se tornará um morto-vivo. Porque, removendo o braço dela mordido ajudou e muito com o desenvolvimento do vírus no corpo dela, mas uma parte da rede fúngica já havia passado pelo sangue dela e isso é extremamente perigoso.

— Eu entendo. Pelo menos você fez o que pôde!

Abraço forte Alex novamente. Sei que ele precisa desse ato.

Aria continuará lá até conseguirmos a cura, e enquanto isso, não desistiremos.

Começa à escurecer e eu me despeço deles, indo para casa.

Loucos no ApocalipseOnde histórias criam vida. Descubra agora