Capítulo 35

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* Aline narrando *

Acordei desesperadamente sentindo uma sensação estranha, procurei por RD, mas ele não estava, foi ai que lembrei daquela maldita invasão.
Olhei no relógio eram 3h da manhã, tentei dormir de novo, mas eu não conseguia de jeito nenhum.

- Espero que esteja tudo bem_susurrei pra mim mesma.

Vi que eu não conseguiria dormir mesmo e fui pro sofá vê televisão, fiquei procurando algum filme bom e só achei O Impossível, é triste, mas era o que tinha pra essa noite.

- Ah meu Deus, por que botei esse filme_falei com os olhos lacrimejados.

Já são 5h da manhã e nem sinal do RD, pensei em tantas coisas que adormeci ali no sofá mesmo.





*****

* RD narrando *

Eu me encontrava nesse momento, com uma arma apontada pra mim, e pela primeira vez eu estava com medo, e não medo de enfrenta-ló, mas sim de deixar muita coisa ir por água abaixo.

- Quer pedir alguma coisa?_riu com sarcasmo.

FILHO DA PUTA !!!

- Você sempre foi um pau no cú né_ ri.

No mesmo momento senti um chute no meu estômago,mas não gritei, apenas me retorci.

- Acho que chegou sua hora_me encarou_diga adeus caro RD.

Fechei os olhos e esperei o disparo, mas não senti nada, abri os olhos e vi aquele merda caído na minha frente, PR atirou nele.

- Bora mano, levanta daí_gritou.

Levantei com um pouco de dificuldade e fomos, o tiro ainda rolava solto, mas conseguimos matar quem eu queria.

A guerra acabou e lá estava eu, dono daquele Morro, que ironia.

- Vou precisar que fique pelo menos uns 30 moleque aqui, até amanhã pelo menos, limpem o morro, façam o que devem fazer.

- Eu fico chefe_disse LP.

- Você vai voltar com nós tá ligado?_disse PR.

Ele deu de ombros e fomos embora, cada um em seu carro, mas dessa vez fui embora na moto sozinho.

- A gente se encontra lá_falei e arrastei pro morro.

Foi ai que tudo passou pela minha cabeça, que se não fosse o PR essa hora eu estaria morto. Tenho que agradecer a ele, devo uma pra ele agora.

Cheguei no morro e arrastei direto pra boca, logo os meninos subiram a pé, já que deixaram os carros no galpão.

- Caralho, nós é o poder mesmo porra_ gritou Barata.

Ri e neguei com a cabeça.

Estávamos todos falando sobre o acontecido até PR vir até mim.

- Como que tu tá mano?_bateu em meu ombro_tá suave?

- Tô de boa, queria te agradecer por ter me salvado, se não fosse tu eu já tinha virado presunto_rimos.

- Sabe que não precisa agradecer, tu é meu irmão flw? Um por todos, todos por um_ gargalhou.

- Te devo uma irmão_fiz toque com ele.

- Tem essa não mano_falou.

Batemos mais uns papo e resolvi ir pra casa, eu estava morto.

Já eram 8h da manhã, estava subindo o morro e vi alguns moradores saindo pra trabalhar, as mercearias sendo abertas, imaginei como seria se eu não estivesse aqui, eu luto pelo meu povo.

Arrastei pra casa, entrei e vi Aline dormindo no sofá, tão linda, subi e tomei banho, comi alguma coisa e peguei Aline nós braços e quando eu ia subindo as escadas ela disse.

- Já acordei_falou ainda de olhos fechado_já pode me botar no chão_riu.

- Tudo bem então_ri e botei ela no chão.

- Bom dia_disse bocejando.

- Bom dia_sorri.

Ela subiu, então deitei no sofá fiquei vendo uns desenhos meio doido e apaguei.







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  No alto do Alemão - Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora