Capítulo 58

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* Aline narrando *

Já estamos em novembro, pra quem não ta entendendo, minhas aulas acabaram em outubro, hoje é 25 de novembro,ou seja, falta 1 mês pro Natal e daqui a 4 dias é aniversário da Mel .

Hoje a terça-feira amanheceu, triste, o tempo acompanhava o vazio do dia, só de pensar que nunca mais verei meu pai, uma ferida enorme se forma no meu peito. São 10:34, me levantou, vou no banheiro faço minhas higiênis e boto uma calça jeans, uma blusa preta e vou pra cozinha. O enterro seria as 13:00, assim que Melissa me viu correu até mim

- Amiga_me abraçou_percebi que ela também chorava

- Ele não podia me deixar sozinha_chorei

- Dói muito, eu considera ele meu pai, e não consigo acreditar que não vou ver ele me chamar de sobrinha preferida nunca mais_me apertou

- Vamos andar um pouco, até a hora do enterro_ falei_preciso espairecer

- Come algo antes amiga_falou

- To sem fome, nada desce_me sentei

- Toma pelo menos esse suco de laranja_insistiu

- Tá_peguei o copo de sua mão

Depois pegamos os casacos, botamos o sapato e fomos.

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* Melissa narrando *

Depois daqueles dias que eu estava vomitando que só, fui ao médico e descobri que estou grávida de 2 semanas. Como tô me sentindo ? Com medo, tenho medo de não ser uma boa mãe. Nunca me imaginei mãe, ainda mais com praticamente 18 anos. Como vou fazer uma festa de 18tão né, vou falar com PR, apenas nesse dia e seja o que Deus quiser

- Amiga ?_chamei Ali enquanto caminhávamos

- Sim_ me olhou

- Sei que não é o momento pra falar disso, mas é que eu to grávida

- Sério ?_ sorriu

- Sim

Ela pulou em cima de mim

- Parabéns meu amor, que minha sobrinha venha com muita saúde

- Não fala assim, se for homem vai ficar ofendido_ dei um tapa em seu braço

- Só você pra me tirar sorrisos em um momento desses _ falou

- Eu te amo amiga_falei

- Também te amo _me abraçou


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* Aline narrando *

A hora do enterro infelizmente chegou, foi a hora que a ficha havia caído de vez. Eu sinceramente jamais imaginei perder meu pai, ainda mais desse jeito !

De longe vi o advogado dele, que logo veio até mim

- Meus pêsames Aline_ me abraçou de lado

- Obrigada_ retribui o abraço

- O testamento do falecido Marcos seria aberto amanhã, mas por insistência da senhora Fernanda, será aberto daqui a pouco na empresa de seu pai

- Então vamos pra lá_ falei

- Quer que eu vá junto amiga ?_perguntou

- Adoraria_peguei em sua mão

Seguimos para o escritório e a vagabunda já estava lá

- Estamos aqui para presenciar a abertura do testamento de Marcos Aurélio Bittencourt Campos_disse o advogado

Ele abriu e começou a dizer

- Antes de tudo, se esse testamento está sendo aberto é porque já não estou entre vocês, e com isso declaro que todos os meus bens são de minha filha Aline Almeida Bittencourt, exceto a casa que será de minha mulher Fernanda Almeida de Souza

Ele mal terminou de falar e aquela louca começou a gritar

- Isso é injusto, era pra ser tudo meu, aquele desgraçado não me deixou nada_gritou

- Silêncio Fernanda_falou

- Eu odeio esse homem_continuou

Os policiais logo chegaram a tirando de dentro da sala. Foi então que lembrei que antes de morrer meu pai havia me dito que tinha botado câmeras por dentro de casa, exceto nos quartos.

- Quero falar com o delegado que está cuidando do caso do meu pai_falei

Hoje aquele víbora vai pro xilindró







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  No alto do Alemão - Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora