Cap 36

2.5K 180 8
                                    

Acordei em um lugar totalmente escuro e completamente amarrada em uma cadeira,porém havia uma pequena brecha que deixava um fio de luz adentrar aquele lugar e me possibilitava ver um pouco do mesmo e então percebi que era uma pequena cabana,mas entranhei o fato de haver uma mesa na minha frente.

Logo sou tirada de meus pensamentos por uma voz que eu não queria ouvir nem se fosse a melodia mais linda do mundo.

-Olha a princesinha acordou! - falou dando um risinho.

-Seu filho da puta desgraçado! - gritei tentando ver onde ele estava.

-Acho melhor você me tratar bem princesa! - falou ficando na minha frente e pegando meu rosto,tentei afastar mas não consegui.

-E por que eu deveria? - perguntei com ódio nos olhos.

-Por que se tu não me tratar bem,quem vai sofrer vai ser ele! - falou apontando para um cando da cabana e uma luz se ascendeu revelando o Daniel amarrado e com alguns machucados.

-Pode matar esse idiota! - falei o olhando com ódio.

-Será mesmo que posso? - falou sorrindo e indo em direção a mesa que estava na minha frente pegando uma pequena faca e enfiou a mesma na coxa esquerda do Daniel,fazendo o mesmo gritar - Posso mesmo? - perguntou e pegou uma faca maior - Dessa vez vai ser pra matar! - falou colocando a faca no pescoço do Daniel.

-Para! - gritei e o idiota riu.

-Pelo visto a princesinha tem o coração mole! - falou rindo.

-Cala a boca seu idiota! - gritei - Só deixa ele em paz! - falei olhando pros dois.

-Por hoje eu paro,mas vai ter continuação! - falou e saiu rindo.

-Droga! - falei com raiva.

Fiquei observando o local e percebi que havia uma janela de madeira velha,então quebraria sem muito esforço,tentei soltar minhas mãos e senti que as cordas estavam meio frouxas,então seria fácil de desamarrar,agora só faltava arrumar um meio de ligar para o Diego ou para minha mãe...

Sou tirada de meus pensamentos por uns gemidos de dor e logo olho para o ser que está na minha frente.

-S-sol! - falou me olhando aparentando estar nervoso.

-Acho bom mesmo tu ficar nervoso,por que quando a gente sair daqui tu vai pegar uma surra! - falei olhando com ódio pra ele.

-M-mas como a gente vai sair daqui? - perguntou.

-Tem uma janela velha no canto direito dessa cabana! - falei olhando pra janela.

-Mas e as cordas? - perguntou se mexendo.

-Esses babacas não fizeram o nó apertado,então tá fácil de soltar,agora só tenho que arranjar um jeito de ligar pra alguém. - falei e fiquei pensativa.

-Meu celular tá comigo! - falou me olhando.

-Cara sinceramente até eu faria um sequestro melhor que esse,que tipo de sequestrador deixa um nó frouxo e um refém com o celular?!Inacreditável. - exclamei indignada.

-Mas,quando a gente vai fugir? - perguntou curioso.

-Vamos esperar amanhecer,não vai adiantar nada sair agora a noite! - falei me ajeitando na cadeira.

-Ok! - falou e depois de uns minutos pegou no sono e eu fiquei pensando.

Pov. Diego

Já estava preocupado com a Sol,fazia mais ou menos duas horas que ela foi encontrar aquele babaca e ainda não voltou,mas ela devia apenas tá em um assunto grande.

Depois que se passaram três horas resolvi ligar pra ela e me assustei quando deu que o celular dela estava desligado.

Comecei a andar de um lado para o outro preocupado,até que decido ligar pra mãe da Sol.

Ligação on:

-Alô?

-Oi,dona Samantha é o Diego!

-Oi Diego,aconteceu alguma coisa?

-Pra falar a verdade,aconteceu sim!

-O que?Ai meu deus,eu vou ser avó?É isso?

-N-não senhora,na verdade é algo grave.

-Fala logo guri!

-A Sol foi encontrar o Daniel em uma lanchonete perto da escola e até agora ela não voltou e eu já tô preocupado.

-E COMO É QUE TU DEIXA ELA IR SOZINHA ENCONTRAR AQUELE IDIOTA?

-Ela falou que não precisava que eu acompanhasse.

-TÔ INDO PRAÍ AGORA!

-O...

Ligação off.

Nem terminei de falar e minha sogra desligou na minha cara,só podia ser mãe da Sol mesmo.

Depois de alguns minutos a mãe da Sol chega.

-Agora pode falar toda a história direitinho! - falou se sentando no sofá.

-Bom... - comecei a contar o por que da Sol ter ido encontrar com ele e quando terminei ela me olhou com o olhar sério.

-Olha,eu não vou te matar nem nada,mas não era pra ti ter deixado a doida da Sol ter ido sozinha encontrar aquele babaca! - falou e tacou uma almofada em mim.

-Desculpa! - falei segurando a almofada.

-Olha,primeiro a gente tem que dar um jeito de achar a localização dela e ir atrás! - falou pegando o celular.

-E por que não ligamos pra polícia? - perguntei achando uma ótima opção.

-Meu amor,a polícia só poderá fazer alguma coisa depois de 24 horas e eu não vou ficar sentada esperando,pra que no outro dia eu receba a notícia de que minha filha tá morta! - falou me olhando sério.

-Ok! - falei - Então a gente vai esperar ela tentar entrar em contato? - perguntei.

-Não,o celular dela tem um rastreador! - falou e eu olhei pra ela assustado - Que foi? - perguntou assim que percebeu que eu a encarava.

-Me desculpa,mas a senhora é o que? E por que colocou um rastreador no celular dela? - perguntei surpreso.

-Bom,eu sou uma advogada/investigadora e eu coloquei um rastreador no celular dela por que sabia que um dia corria o risco disso acontecer,tanto por minha causa quanto por causa do pai dela! - falou me olhando.

-Hmm. - respondi sem falar mais nada depois disso.

-Consegui! - falou a dona Samantha depois de algumas horas.

-Conseguiu achar ela? - perguntei me levantando do sofá.

-Claro,não fui promovida atoa meu querido! - falou sorrindo.

-Ok! - respondi,convencida igual a filha.

Depois de descobrir o caminho para chegar ao tal endereço entramos no carro e seguimos na direção que o GPS mandava.

Depois de umas horas percebi que a mãe da Sol estava meio sonolenta.

-Acho melhor a gente parar pra descansar! - falei chamando a atenção da mesma.

-Não,a gente tá quase lá! - falou e voltou a olhar para a estrada.

-Olha amanhã a gente continua, a senhora tá cansada e eu ainda quero que a Sol nos veja vivos! - falei virando pra ela.

-Ok ok! - falou e quando encontramos um lugar alugamos um quarto e enquanto a dona Samantha descansava eu apenas observava a noite estrelada e me perguntava se a Sol estaria bem.

Depois de alguns minutos acabei adormecendo pensando na minha pequena.

O idiota do filho do diretorOnde histórias criam vida. Descubra agora