CAPÍTULO #15

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Engraçado depois que o Bernardo apareceu o Marlon e o Carlos voltaram também, era como se tudo tivesse cospirado para eu dar logo uma na víbora do Vinícius.

- E aí já se decidiu quando vai se declarar para o Bernardo? - Falou o Carlos e eu dou um empurrão de leve.

- Fala baixo eu não vou fazer isso. - Digo e vejo ele dançando ao lado do Vinícius e Marlon e vejo como é ele é lindo e se ele soubesse que o Vinícius não o ver apenas como amigo, mais não cabe a mim fazer isso.

- Eu nem sei se ele curti.

- Pergunta. - Rebateu Carlos.

- Vou chegar e vou perguntar se ele curtir algo entre dois caras, aí ele vai me responder só trocar de tiro. -Digo e caímos no mesmo instante na risada.

- Mais me diga uma coisa o que tá rolando entre você e o Marlon, que desde quando vocês voltaram ele não tira o olho de você.

- Nada não. - Falou ele sem graça, mais se existe uma coisa nessa vida que eu aprendi com o Carlos foi que não conseguimos mentir um para o outro.

Apenas encaro para ele e ele faz de conta que não ver, mais acaba se entregando.

- Tá, tá ele está me olhando, porém não rola nada entre nós.

- Por que? ele é bonito, forte, moreno claro, tatooado do jeito que você gosta.

- Mais tem pau pequeno e gozar rápido. - Falou ele no meu ouvido e não pude me conter e não olhar para o Marlon.

- E as aparências enganam, mais vem cá como é que você sabe tudo isso?

- Você achar que sumimos juntos por que? Só não fomos anotar as placas do carros né. - Falou ele com a cara safada e fazendo um sinal limpando a boca.

Não demorou muito e as pessoas começaram ir embora e quando só restaram nos cinco, o Bernardo se ofereceu para levar cada um as suas devidas casa o Carlos até me convidou para dormir lá, mais nunca que eu iria deixar o Bernardo a sós com. Vinicius.

" O poder dá felicidade nos faz esquecer a dor do passado". Era a frase que me resuminha no momento.

Ver o Bernardo animado, dirigindo e cantando me deixar super feliz, pois raras vezes já o vir assim, mais entendi o quanto ele já sofreu e eu também, a diferença é que no meu caso ele me faz enxergar o lado bom das coisas do seu jeito.

Chegamos em casa, já são quase meia noite, mais ele está tão feliz é tão elétrico que não quer dormir agora. Ele vai dentro de casa e volta com uma garrafa de cerveja e uma lata de refrigerante.

- Vem. - Chamou ele estendendo as mãos e sentamos no capô do carro e colocamos as costas no vidro do carro e ficamos de frente a sua casa e olhando para o céu, estrelado.

- Um brinde a essa noite inesquecível. - Falou ele estendendo sua garrafa de cerveja, batendo na minha latinha de refrigerante.

- Senti falta dá sua casa? - Perguntou ele colocando a garrafa na boca.

- Sinto e muita, mais estes dias com você tem feito eu esquecer.

O silêncio tomou conta de nós a único barulho que se ouvia era de eu amassado latinha de refrigerante.

- E aquela pessoa já resolveu conta o que sentir para ela? - Perguntou ele me pegando de surpresa.

- Não e Melhor não.

- Por que? - Perguntou ele? Eu que queria saber o porquê do interesse se é  você é essa pessoa, queria dizer eu mais faltava coragem.

- Não sou muito bom de me declarar brinco. - E começo a conta as estrelas e e impressionante, não havia tantas estrelas, mais quando mais eu contava, mais aparecia uma.

- Já se declarou para alguém? - Perguntou ele é asceno com a cabeça positivamente.

- E o que ele disse?

- Mostrar o cuzinho. - Respondi meio sem graça e vejo ele tossi e colocar a mão na boca para não rir.

- E você mostrou? - Perguntou ele brincando e dou um soco nele e fico admirado o quanto ele é lindo e o quanto me sinto bem em vê-lo sorrindo.

- E você qual foi a pior cantada que você já levou?

- Deixar eu ver são tantas. - Falou ele é beleza se ele queria me deixar com ciúmes ele conseguiu.

- Tem uma que é inesquecível uma garota chegou pra me e falou que o que ela sentia por me era motorista, por que passageiro com certeza não era.

Eu rir tanto que se ele não me segurasse eu iria cair de cima do carro.

- E você o que fez?

- Eu tinha que evitar a garota por que toda vez que a via não conseguia parar de rir e imagino a vergonha que ela sentia. - Me deu um alívio em saber que eles não ficaram.

- Vem cá eu descobri uma coisa. - Falou ele entusiasmado e segurando em meu pulso e nossos olhos se encontram é fazendo meu coração pular feito uma criança alegre de dois anos.

-Fecha a mão- Pediu ele é foi o que eu fiz, fechando a mão com os dedos voltados para a palma dá mão e o indicador sobre o médio.

- As pessoas tiver como alguém sensível, generoso, Entusiasmado, Impaciente e com Bom senso de humor.

- Isso parece ser bom. - Digo cheio de gosto.

- Mais na verdade você é um tipo de pessoa, que preza por honestidade, gosta de se sentir aceito e sabe indentificar o que é bom e ruim para você.

- Onde você aprendeu isso? - Pergunto.

- Minha mãe. - Falou ele com certo desânimo e sinto pena dele é mal por ter feito aquela pergunta boba.

- Sentir falta dela? - Pergunto meio gaguejando, mais a resposta foi imediata.

- Muita. - Respondeu ele fazendo o silêncio tomar conta de nós, até quando menos esperava ele começou a falar.

- Eu acredito nisso que minha mãe me ensinou, mais eu vejo você de uma maneira diferente.

- Qual? - Pergunto é olho para ele e com​ medo do que  ele venha falar, mais de outra forma me sinto feliz por ele ter uma versão diferente de me.

- Gentil, fala por meias palavras ou deixa assim subentendido, tende a suprimir seus sentimentos, trata bem os colegas é não é egoísta.

Se eu pudesse expressar o quanto estava feliz em ouvir como ele me vinha era só olhar no espelho, e ver o meu sorriso de canto a canto.

Um farol iluminar a casa e em seguida está sobre nós e tenho que colocar a mão no rosto para tentar enxergar e vejo o pai do Bernardo fardado, descer do carro.

- O que vocês fazem uma hora dessa aqui fora, vamos entrando. - Pulamos do carro e entramos como ele nos ordenou.

Em Busca De Abrigo (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora