Das mil e uma maneira que eu queria estar com o Bernardo, está de cara fechada não seria uma das opções. Talvez eu só esteja chatiado por ele ter me deixado no momento em que eu mais precisei.
- E aí como foi viver sem mim? - Perguntou ele abrindo aquele sorriso que chegar me aqueceu por dentro, mais me contenho.
- Normal. - Digo olhando pelo retrovisor evitando olhar para ele.
- Admita que você sentiu minha falta, por que eu sentir a sua. - Falou ele passando a mão lentamente pela minha bochecha me fazendo cora, mais com o tapa afasto sua mão de mim.
- Eu não sinto falta de pessoas que me abandonaram e não dar notícias - Digo e olho para ele focado no volante sem dizer nada
- Quer dizer que o Marlon está com seu amigo Carlos não é. Que mundo maluco.
- E você nem voltou e já sabe dá vida alheia, parabéns. - Ironizo batendo palma
- Voltei tem dois dias. - Respondeu ele com sua cara de pau e naquele exato momento eu me sentir mal, foi como se eu tivesse um enjôo repentino.
- Para o carro. - Peço mais ele não me dar atenção. - Paro o carro. - Grito e dessa vez ele para o carro, me fazendo ir e volta.
Por um momento eu o encaro e em seguida tiro o sinto de segurança e corro para fora do carro e lá vai, mais uma sessão de correria. Eu já corri tanto nas últimas horas, que acho que deveria participar dá corrida San silvestre.
Ele ficar apenas olhando eu sair do carro e correr para a rua escura e fria que me esperava lá fora.
- Entra no carro agora, aqui fora tá frio. - Falou ele em um tom imperativo, mais eu não ligo pró que ele falar, não nesse momento. Arranco o par de chinelos e jogo contra ele que o acertaria em cheio se ele não se abaixasse.
- Não me obrigue ir até aí buscar você. - Gritou ele quando começo a caminhar pelo chão, com pé descalços.
Definitivamente eu não o conheço mais, como em pouco tempo ele mudou. Meu coração ainda queria ele, mais sei que não era o mesmo garoto marrento que eu me apaixonei.
Ele me puxar por trás pela cintura, mais dou tapa e me soltando dos seus braços.
- Não dificulte as coisas Everaldo, volte para carro.
- Não dificulte as coisas? Você só deve estar maluco eu não quero ficar perto de você. - Grito e por um instante ele abrir aquele sorriso maravilhoso e com tom de safado, mais não é suficiente para me conter.
- Não der esse sorriso, pois não vai me comover. Como você tem a coragem de abrir a boca e me dizer que voltou já tem dois dias e só me resolve aparece agora. - Naquele minuto eu só sentia raiva e imagens desses últimos dias surgem em minha cabeça.
- Entra no carro ou você vai pegar um resfriado. - Falou ele tentando tocar em mim, mais me afasto.
- Pare de manda eu entrar na droga do carro. Você poderia ter me procurado ao menos. Esse tempo sem você foi um inferno, eu sonhava em ter um futuro com você, você se tornou minha vida, você me mostrou uma vida diferente, me levou ao paraíso,eu era capaz de fazer tudo por você.
Porque eu poderia dizer com todas as letras que você era o Cara da minha vida , insubstituível, inapagável, impossível não perceber o quanto eu era louco por você, meu tempo era e dedicado somente a você, queria que fosse assim e não abriria mão de ter você comigo, você era o ar que eu respirava e do nada você foi embora e volta e não vai nem me procurar e quando me encontrar diz apenas "oi" e vai embora.- Sinto muito, mais muito por ter partido, mais eu estava ocupado esses dias. - Falou ele e eu não conseguia olhar para ele, as lágrimas já queriam sair. Meu coração dói eu não sei o que fazer, porque nada na minha vida e do jeito que eu quero.
- Com o que você estava ocupado? Por que se fosse eu, a primeira coisa que eu fazia era compra algo e bater na sua porta te pedindo perdão por ter partido. - Fico olhando esperando sua resposta, mais uma palavra se quer sair de sua boca.
- Obrigado e quer saber, nem sei pra que você voltou. - Possar ser que falei por raiva, mais era o que eu precisava dizer. Ele me encarou e partiu para cima de mim e pela primeira vez eu tive medo dele. Ele me pegou pelos braços e com suas mãos apertou, como se quisesse fazer eu sentir sua fúria e só consegui lembrar do Vinícius.
- Nunca mais diga isso. - Falou ele me soltado e voltado para dentro do carro. Fico sentado na calçada com aquele sentimento de culpa, será que eu fiz alguma besteira? Mais no momento o único sentimento que posso definir e o de medo.
Vejo ele entra no carro e bate a porta como se fosse quebrar, se ele for embora para onde eu irei? Talvez eu devesse ir até ele e pedir desculpas pelo que eu falei, não quero perde-lo mais uma vez.
Antes que eu possa levantar e pedir desculpas, vejo ele caminhar em minha direção e as palavras somem dá minha boca.
- Se você quer saber por que eu voltei e não fui te encontrar aqui está o motivo, era para surpresa, mais você não acredita em me. - Sua voz escondia um pouco de raiva e rancor e ele me entregar um papel e com a mão tremendo pego aquele papel e logo ele sentar ao meu lado na calçada.
Uma parte de me, estava curioso para saber o que um pedaço de papel tem haver com tudo isso, e ao abrir o papel me dou conta, de que entre os motivos que imaginei, não era nem de longe o que estava escrito naquele papel.
Duas passagens para Itália, para amanhã às 13:00 horas. Meu coração se aquecer como um sol, após um longo período de chuva.
- Você pode achar que eu não sentir sua falta, mais sentir eu que mais sentir por ter deixado você no momento em que mais você precisava de me. Eu não me afastei de você, desde que eu descobri que eu amava eu queria passar a vida com você. Eu me perguntava se você estava bem, se sentia minha falta e quando vir você na casa do Vinícius doeu, imaginei várias coisas, mais a culpa foi minha por escolher o caminho errado e te deixar, mais voltei para te levar comigo. - Eu olho para ele e me sinto desmoronar, ao vê ele vuneravel daquela maneira é tudo por minha causa.
- Desculpa por estragar a surpresa. - Digo gaguejando e me sentindo o maior idiota do mundo, como eu pude duvidar dele.
- Não precisa se desculpar, só aceite ir comigo. - Falou ele colocando uma das suas mãos em minha cintura e me puxando para perto do seu peito e pondo sua cabeça sobre a minha.
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Em Busca De Abrigo (Romance Gay)
RomanceEveraldo resolve deixar de lado o amor por Bernado e fazer uma carta para enterrar esse amor, mais o que ele não esperava e que essa carta fosse para na mão do seu pai. Expulso de sua própria casa por uma noite, ele precisa se virar até o dia amanhe...