CAPÍTULO #33 ⭐⭐

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Gostar de alguém e bem mais complicado do que parece. Aturar ciúmes, aguentar gelos, passar vinte quatro horas pensando naquela pesosa e nas raras vezes encontrar alguém que compartilhe isso com você e uma em um milhão, então um conselho aproveite essa oportunidade e agarre com toda força, vença a vergonha o medo de levar o fora e se dedique o máximo que puder.

Pode até ser besteira, mais ficar admirando o Bernardo para me se tornou uma satisfação. Sento de lado apoiado na janela do carro e fico observando ele sério focado no volante.

Uma hora ou outra ele olhava para me e sentia sua bochecha cora de vergonha o que me faz sorrir de felicidade.

O silêncio se instalou pelo carro e ficou uma coisa estranha, na minha cabeça eu só imaginava se ele estava pensando ou, estava chatiado, por eu ter estragado sua surpresa. Então faço menção  de ligar o rádio e no mesmo momento que ele é nosso olhos se encontram e não controlo o riso.

- O que foi? - Perguntou ele.

- Nada não só me lembrei dá cena de crepúsculo, quando o carro está frio e bela vai desligar o ar e a mão dela e do Edward se tocam. - Digo e olho para ele que parece meio confuso.

- Vai me dizer que nunca assistiu crepúsculo? - Pergunto e ele balançar a cabeça negando.

- Você só deve tá brincando, e o melhor filme de romance adolescentes, todos adolescentes praticamente já viram esse filme em que mundo você vive?

- Dá escuridão.

- Prazer eu sou lanterna. - Digo estendendo a mão e olhando bem no fundo dos seus olhos, que apesar dá escuridão do carro brilhava e vejo ele abrir um sorriso de leve e segura minha mão, dando um leve beijo, segurando e apoiando sobre sua coxa e se eu tivesse que escolher um momento para morrer, esse seria o momento, nunca estive tão feliz em minha vida como me sinto agora.

- Vamos a locadora mais próxima, não posso na namorar alguém que não assistiu crepúsculo. - Digo fazendo bico e tamanha felicidade que não sei controlar.

- E quem disse que estamos namorando? - Perguntola ele e olho zangado para ele, que focado no trânsito faz cara feia e tento solta minha mão dá sua,mais ele não quer soltar.

Fomos até uma das locadoras que ainda resta na cidade, com o surgimento dá Netflix hoje em dia a venda ou locação de DVD está em escassez.

Corro direto para a sessão de romance onde fico fascinado com tantos filmes bons de Titanic a a culpa é das estrelas,mais não encontro crepúsculo. Viro a sessão atrás de alguém para me ajudar e avisto alguém que eu não queria ver.

Eu tenho sangue ruim para essas coisas, toda vez eu tenho que encontrar alguém que eu não quero ver. Puxo o Bernardo Pela camisa, para que saímos sem ser visto mais é tarde demais​.

- Everaldo espera por favor. - Viro lentamente e tentando colocar a melhor cara e me deparo com o Cody logo atrás de mim.

- Estou sem tempo, não posso esperar. - Digo e o Bernardo ficar na minha frente como se fosse me proteger.

- E rápido eu só queria pedir desculpas por tudo que fiz esse tempo. Demorei mais, me dei conta que fui um idiota esse todo tempo, desculpas por não ter sido o irmão que eu deveria ser. Não estou morando com o papai. - Só pode ser brincadeira o Cody me pedindo desculpas, ele ficou alguma coisa.

- Onde você está morando? Por que deixou o papai?

- Depois dá morte dá mamãe o papai virou um homem mais obssecado ainda e não parava de falar de você e sobre sua orientação sexual e que você era vergonha dá família e eu não quero ficar igual a ele te entendo se não me desculpa, mais sinto muito de coração.

Nunca pensei que um dia isso iria acontecer, nois dois se abraçando como irmãos, sem inveja, e sem rancor, sem diferenças.

Ainda me sentir um pouco abalado ao vê-lo embora e não tive coragem de contar que eu ia embora e no final nós encontramos dentro do carro e nem achamos o DVD.

- Vamos ficar por aqui mesmo, se você não se importa m. - Falou Bernardo segurando minha mão e acariciando. Abaixamos a poltrona do carro e deitamos como se fosse uma cama. Ficamos olhando um para o outro de mãos dadas, até que o sono venci um dos dois primeiro.
   
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Acordo e me deparo com o Bernardo me olhando e não existe forma melhor de acordar ao lado de alguém que você gosta e que é capaz de te arrancar um sorriso até no seu primeiro ato do dia.

- Prometo que sua próxima noite de sono será bem melhor que essa.

Com o som ligado ao som de Need You Now dá Lady Antebellum depois de tomamos café, fomos para o aeroporto onde o Carlos está me esperando com alguma das minhas coisas mais importantes. So em pensar que essa será a última vez que o verei e terei que me despedir dele, me dar vontade de chora.

Assim que estacionamos o carro ele vem em minha direção e me dar um abraço forte e logo em seguida vejo o Marlon sair e abraçar o Bernardo.

- Pelo visto o negócio tá sério não é. - Brinco e vejo ele se aproxima e passar o braço sobre o ombro do Carlos e todos entramos no aeroporto.

Sinto um frio na barriga alívio misturado com medo é saudade, como vou conviver com o pai do Bernardo não gostando de mim? E se agente não der certo o que eu vou fazer? Aqui eu tenho o Carlos é lá quem eu terei? 

- Meu Deus quanto homem gostoso, dentro dessas fardas eu acho que vou ficar por aqui. - Falou Carlos em relação aos pilotos e vejo o Marlon o fuzilar com os olhos e todos nós rimos ao mesmo tempo.

No auto falante ouvimos o nosso voo ser anunciado e imediatamente nossos olhos se encontram e aquele friozinho​na barriga vem a tona. Ele estender a mão e caminho em sua direção parando em sua frente e sem se importa com o estado do aeroporto ele pegar em minhas mãos.

- Dá última vez que tivemos aqui eu te deixei e dessa vez estou levando você. E se te conheço bem você já pensou na possibilidade de não dar certo ou terminamos. - Falou ele e eu tentei segura o riso, por que parece que ele leu meus pensamentos.

- Eu vou estar sempre do seu lado, em nenhum momento você vai se sentir sozinho ou desamparado, por que eu darei o melhor para te ver bem e sorri, pois é isso que as pessoas fazem quando elas amam alguém. - Falou ele e sinto seu olho brilhar como se fosse chorar e imediatamente me afogo em seu peito, passando meu braço pela sua cintura e de repente algo pula, em cima de  mim era o Carlos é  logo se torna um abraço compartilhado que é destruído pelo auto falante com a chamada do voo.

- Precisamos ir. - Falou Bernardo e dou o último abraço no Carlos que não queria me soltar e como em pouquíssimas vezes eu o vir chorar.

- Vou sentir sua falta, não esqueça de escrever, ligar manda email, mensagem ou até mesmo uma cutucada no Facebook. - Dou um beijo de despedida, assim como o Bernardo se despedi do Marlon e fomos rumo ao embarque, quando ouço o Carlos gritar.

- Vocês​ não vão sem ouvir minha última piada não é. - Reviro os olhos e paramos para ouvir.

- O pintinho tava chorando por que tinha descoberto que sua mãe era galinha, passou cinco dias e o pintinho continuo chorando, certo dia o pintinho chegou chorando num lago,ai o peixinho perguntou:
-Porque você ta chorando? Aí ele respondeu
-porque eu descobri que minha mãe e uma galinha... Aí o peixe falou
-E daí?! A minha é uma piranha!

Não teve quem não risse eu definitivamente vou sentir muita falta do Carlos, mais uma vez a voz feminina anuncia a última chamada do voo e saímos correndo e não pude deixar de olhar para trás e com um aceno com as mãos nos despedimos pela última vez, mais com a certeza que um dia ainda vamos nos reencontrar.

Em Busca De Abrigo (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora