CAPÍTULO #13

5.6K 541 65
                                    

Compras no carro, cinto colocado, rádio tocando Maroon 5 - Sugar,  agora e só ir embora. Com a cabeça no vidro algumas lembranças começam a vir na minha cabeça.

O que Bernardo fez no mercado, o beijo na minha casa, eu queria saber o por que dele ter feito isso, se ele seria gay, se ele fez isso só para irritar meus pais. Eu realmente queria saber, mais na verdade preferia ficar sem resposta, por que se não for o que eu espero eu iria ficar chateado, então prefiro me agarrar a algo que não tenho, do que a algo que não podem ser real.

Me desperto dos meus pensamentos quando o celular do Bernardo tocar, com aquele toque reconhecido do iPhone no qual eu sentia saudades e na tela surgir uma foto do Bernardo e do seu melhor amigo Vinícius.

- Oi tá aonde? - Perguntou Vinícius o celular estava no viva voz.

- Voltando do mercado com o Everaldo. - Um silêncio se instalou na outra linha, tenho certeza que era por ter mencionado meu nome.

- Vai ter um jogo daqui a trinta minutos na escola vamos? - Bernardo me olhar antes de responder.

- Hoje estou meio ocupado.

- Vamos, faz tempo que jogamos bola, ou fazemos algo. - Uma dúvida parece que se instalou na mente do Bernardo e ele colocar o celular em espera.

- Vamos? Pode ser divertido. - Falou ele.

- Não sei jogar bola e você sabe, você poderia me deixar em casa, quer dizer na sua casa e depois ir.

- Eu quero que você vá, vamos você poderia ligar pró Carlos e matar a saudade é ficar na arquibancada e de quebrar me assistir. - Falou ele abrindo aquele sorriso de canto de boca que para mim era como " Tirar a roupa que hoje vou te usar"

- OK eu vou. - Sorridente ele volta a chamada avisa o Vinícius e me entregar o celular para ligar, para o Carlos.

- Quem eh? - Perguntou o Carlos com uma voz grossa e parecia irritado.

- Sou eu o Eve saudades, ia Vai fazer o que a noite?

- Nada, eu até tinha compromisso, você acreditar eu me depilei todo e  na hora o boy desmarcar o rolê. - Sinto minhas bochechas cora naquele momento o celular estava no auto falante e lentamente olho para o Bernardo que está com a face assustada.

- Carlos o celular está no viva voz, poupe os detalhes. - Falei lentamente e o Bernardo solta o riso o que me faz me sentir culpado.

- Te espero na quadra dá escola, daquela a trinta minutos. - E desligo evitando mais a frustração.

- Não precisar ficar sem graça. - Falou Bernardo.

Como não tinha muita coisa congelada, fomos direto para a escola e o Carlos já me esperava na arquibancada, Carlos sempre se arrumava de acordo com a ocasião. Uma camiseta branca, exibindo um pouco de músculo que não sei como ganhar sem nenhuma atividade física, um short vermelho e tênis preto.

- Trocou de melhor amigo agora foi? - Perguntou ele olhando Bernardo que foi para o vestuário.

- Não. Você sempre será meu melhor amigo, não quero incomodar você com meus problema.

- E uma pessoa que você mal conhece, você quer incomodar? - Perguntou ele me fuzilando com os olhos.

- Eu te amo é você sabe. - Digo abraçando e percebo um pequeno curativo dá orelha esquerda.

- Qual motivo desse curativo?

- Estava passando roupa quando o celular tocou e  tava tão distraido, acabei pegando o ferro achando que era o celular. 

- E a outra orelha? - Pergunto olhando de lado.

-  O telefone tocou de novo.

- Só te digo uma coisa, avisa dá próxima vez que existe nervos em outra parte do seu corpo.  - Digo o arrastando para a quadra.

A quadra não estava cheia, mais tinha pessoas o suficiente, como a o jogo era dá turma A contra a turma B, tivemos que sentar ao lado dá Laura e suas amigas.

- Control, Control. - Sussurro no ouvido do Carlos.

A fome era enorme e arranco uma caixa de Nescau dá mochila e sinto aquele gosto gelado fazer a alegria dá fusão entre minha língua, garganta e estômago, até o Carlos toma a caixinha dá minha mão.

- Quer um pouco Laura? - Perguntou Carlos oferecendo e me deixando irritado, nunca brinque com minha comida e nem ofereça ele bem sabe disso.

- Carlos o que está fazendo? Devolva já meu Nescau. - Digo e recebo um pisão no pé.

- Páscoa está chegando e quero meu ovos de Páscoa. - Falou ele rindo e logo a Laura se levanta se possível chamando a atenção de quem está ao nosso redor.

- Você está me chamando de galinha seu idiota.

- Largue de ser burro ovo dá Páscoa não sai dá galinha. - Respondeu Isis uma das amigas de Laura e todos que ouviram começaram a rir inclusive eu e Laura olha para ela como se quisesse arremessar ela até a grade.

- O jogo vai começar. - Gritou alguém e todos sentaram e a partida começou.

- Aqui ponto chegamos estamos assistindo futebol, o que o amor não faz. - Falou Carlos é olho para ele e dou um leve empurrão nele.

- Deixe de besteira eu vir mais pra te ver. - Digo e ele me olha como se não acreditasse.

- Sério, temos quase nada em comum.

- Vocês têm ossos? - Perguntou ele é afirmo balançando a cabeça.

- Então vocês tem mais o menos 206 coisas​ em comum. - Ele responde e sorrimos e jogo o braço sobre o seu ombro, para demostrar o quanto sou feliz por te-lo como amigo.

O jogo estava decorrendo, estava empatado em 3x3, meu olhos procurava por toda quadra, pela primeira vez assistir um jogo de verdade, ao contrário do Carlos que só queria ver homens suados e suas cochas, admito que se o Bernardo tirasse a camisa eu iria ficar feliz, mais com ciúmes também.

O jogo já estava acabando quando Bernardo entra na área é e suspenso por um de jogadores e o árbitro marca pênalti. A queda foi feia e ele ficar deitado no chão. Me coração acelera e imediatamente levanto com o coração na mão rezando para que ele esteja bem, mais logo vejo ele se levantar e comemorar a marcação do pênalti.

- E apenas um jogo ele não vai morrer. - Brincou o Carlos.

Todos​ dá turma ficar de pé, enquanto a dá turma B ficar vaiando. Bernardo pega a bola e coloca no centro dá marca penal, o Vinícius vai até ele é sussurra algo em seu ouvido, até parece mais uma partida oficial.

Ele corre para bola e o goleiro para o lado e bola do outro e no fundo dá rede e a turma toda vibrar ele correr com a bola debaixo do braço e aponta o dedo para minha direção e meu coração pula como se fosse solta do peito.

Olho para trás para ter certeza se era para me mesmo, e vejo algumas pessoas olhando para me. O juiz apita o final de jogo e todos nós vibramos.

- Quer mais prova que ele quer te comer? - Perguntou Carlos com seu deboche e eu apenas rio.

Em Busca De Abrigo (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora