Se alguém dúvida do sintomas do amor, eu sabia todos de cor só em estar perto do Bernardo. Continuo com a cabeça apoiada no banco para que ele não me visse chorando, mais sinto seu olhar percorrer meu corpo e me deixar um pouco nervoso.
Sinto sua mão suave e macia tocar meu rosto e ir em direção aos meus olhos, e com um toque calmo que de momento suavizou meu coração, ele enxugou com a ponta do dedo as lágrimas que persistiam em cair.
Nossos olhos se encontram e tenho que falar a verdade, mesmo em meio a toda essa dor e tristeza que se passar em meu coração, mesmo completo de lágrimas, não consigo olhar para o Bernardo e esconder o sorriso dentro da boca.
- Desculpa. - Pediu ele é apenas com um movimento de cabeça eu aceito e fecho os olhos e sinto sua mão percorrer minha bochecha.
- Não e a situação mais adequada, mais você está lindo. - Falou ele e dou o sorriso mais Colgate possível.
- Pensei que nunca mais fosse te ver. - Digo abaixando a cabeça e com a ponta do dedo ele levantar e trazendo para perto do seu rosto e ficamos cara cara e pude ver de perto aquela beleza pela qual me apaixonei e os olhos no qual eu queria me afogar.
- Fui um idiota, você não tem nada haver com o que aconteceu. Eu sentir sua falta. - Dessa vez foi ele que abaixou a cabeça. Por um instante sentir uma vontade constante de puxar seu rosto e colar no meu e dizer também o quanto sentir sua falta e sela essa saudade com um beijo, mais me conti.
Ficamos em silêncio por um momento e sem ele percebe, fiquei olhando ele brincar com o gramado como se estivesse nervoso. Não sei se é errado, faz pouco tempo que minha mãe se foi eu estou completamente destruído, mais está ao lado do Bernardo fez uma luz dentro do peito se acender e a vontade de tomar esse menino nos braços e constante e incontrolável.
- Eu sinto muito pelo que aconteceu com sua mãe. - Falou ele e aquela dor voltou de novo em meu peito. Só de lembrar que não conseguir fazer ela me ver de uma forma diferente, que ser gay não é tão ruim e humilhante assim.
- E eu pela sua. - Digo com medo de sua reação, mais apenas ele abrir aquele sorriso de canto de boca tímido.
- Elas estão em um bom lugar. Não fique triste eu estou aqui com propósito de te fazer sorrir e não de te ver chorar, nesse tempo que nós resta. - Falou ele bagunçando meu cabelo. Mau sabe ele que só o fato dele existe e está ao meu lado já é um motivo para eu sorrir.
- O que você quis dizer com "tempo que nós resta" ? - Pergunto com medo dá resposta ser o que eu estava imaginando e pra minha tristeza foi confirmada.
- Meu pai conseguiu um emprego melhor e estamos de mudança para Itália.
- Mais e sua vida aqui? Seu amigos, Vinícius, Marlon e tal.
- Meu pai só tem a Me, eu não posso deixa-lo só é nem ele iria me deixar sozinho, só se for para eu por fogo na casa.
- Vai quando? - Pergunto com uma dor maior no peito.
- Amanhã a tarde. - Falou ele passando a mão em meu pescoço e tirando de dentro do terno a corrente que ele me deu com a letra inicial do seu nome. - Bom saber que você usar. - Falou ele segurando o pingente e sorrindo.
Olho para o Bernardo tão lindo e gracioso assim é nem acredito, que em questão de poucos dia consegui ganha-lo e já estou o perdendo só que dessa vez para sempre.
Com certeza, vai conhecer novas pessoas e elas vão se apaixonar por ele, pois além de lindo, tem um grande coração. Vai ter sucesso por onde passar e vai até se apaixonar por alguém de verdade é só em pensar nisso sinto ciúmes é meu peito doi e vai esquecer que um dia eu entrei em sua vida.
Eu queria não ter me apaixonando cada dia por ele, mais meu bendito coração e teimoso, o que eu posso fazer ?
- No que você está pensando? - Perguntou ele me trazendo de volta a terra.
- Na minha mãe. - Me sinto meio mau por mentir, mais minto.
- Posso te pedi algo?
- O que você quiser. - Digo forçando o maior sorriso, sem acreditar que ele vai para longe de me.
- Deixar eu passar o resto das horas que tenho com você e me redimir por ter sido um completo idiota com você aquela noite.
Como esse garoto tem o poder de quebrar meu coração em pedacinhos e com apenas algumas palavras, em poucos segundos ele consegue colar pedaço, por pedaço sem deixar nada no chão.
- Claro. Ao menos vou poder me despedir e agradecer pelo que você fez por me. - Respondo e vejo ele levantar e estender a mão e abrir aquele sorrisao e estender a mão para me ajudar a levantar. Enxugo o rosto e quando eu levanto e ele me puxar colando nosso corpo um no outro, com sua mão na minha cintura e sinto sua respiração em meu rosto e fico comendo dele sentir o meu coração que está a mil.
- Está tudo bem? - Pergunta ele e apenas balanço a cabeça, ele sorrir e me solta de seus braços.
Fomos para o ponto de ônibus onde esperamos um ônibus que passasse até a casa do Bernardo, a verdade seja dita demorou um pouco e quando veio um não estava lotado, mais não havia lugar para se sentar, resto ficar em pé e se apoiar nas barrinhas de férias para não cair.
Pegar ônibus me trouxe uma velha lembrança de uma vez quando eu e a mamãe saímos para fazer feira e do nada começou um tiroteio, as pessoas não sabia para onde ir e nem nós, nunca havíamos passado por situação assim.
Mamãe me puxou e nos juntamos em uma aglomeração de pessoas atrás do ônibus e nunca esquecerei daquele gesto. Mamãe me abraçou como se fosse um cobertor me protegendo do frio. Era uma das poucas lembranças que tenho dá mamãe, mais eu nunca esquecerei.
Nunca fui tão sentimental assim, sua partida repentina mexeu comigo e tento controlar pois estou em um ônibus e cheio, mais não consigo. Ou bem enxugo as lágrimas ou bem me seguro para não cair.
Sinto a mão do Bernardo pegar na minha e faz com que eu solte da barrinha de ferro e me puxar para perto e leva minha mão, de sua cintura, até suas costas e assim faz com a outra é me seguro o abraçado é apoio meu rosto em seu peito.
Uma de suas mãos segura a barra do ferro enquanto a outra estava nas minhas costas e ali abraçado a ele em meio aquelas pessoas e aquele seu gesto eu não tinha dúvida que meu coração escolheu a pessoa certa para amar, mesmo ele estando de partida de vez de nossas vidas.
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Em Busca De Abrigo (Romance Gay)
RomanceEveraldo resolve deixar de lado o amor por Bernado e fazer uma carta para enterrar esse amor, mais o que ele não esperava e que essa carta fosse para na mão do seu pai. Expulso de sua própria casa por uma noite, ele precisa se virar até o dia amanhe...