O Amor Não Tem Preço - Completo - Em Revisão

Capítulo 5

Clarice Rodrigues

- Toma, quem sabe com esse remédio a dor passa... - mamãe fala dando um comprimido para Deise.

- Obrigada, tia!

Deise senta devagar, seus olhos estão inchados e sua ressaca esta completamente visível. Bem feito!
Ela toma o comprimido que minha mãe deu, e amarra seu cabelo em um coque apertado.
Mamãe sai do quarto.

- Quem era aquele rapaz?

Sento em minha cama.

- Ninguém. Aliás, você estava tão bêbada, como lembra dele? - pergunto franzindo a testa e ela sorrir.

- Das partes boas eu não esqueço, amiga! Agora fala.

- Não sei quem ele é, não perguntei o nome dele.

- Nossa... As vezes a sua burrice me da raiva!

O que?! Eu sou a burra?

- Antes de me xingar, lembra que a burrice quem ia fazer era você. Não eu!

Deise revira os olhos.

- Não contou a sua mãe, contou?

- Não. Quem era aquele idiota? - pergunto cruzando as pernas.

- Nem sei... Pra falar a verdade eu nem lembro de nada, se você não tivesse falado!

- Você deve parar de beber, Deise. Isso é perigoso, toda festa que tem e você vai, é comum você voltar assim!

- Desculpa. Eu vou tentar para de beber, mas você sabe que é difícil...

- E você sabe que beber não vai mudar a nossa realidade.

Deise balança a cabeça, me levanto e sento ao lado dela e ela deita a cabeça em meu ombro. Sorrimos.

- Você tem a mim e aos meus pais... Mesmo o senhor Nicolas não estando aqui todos os dias haha. Mas você tem á nós três, somos uma família certo?

- Certo! - Fala rindo.

Deise tem um passado muito... Doloroso. Foi meu pai quem a salvou quando ela tinha 10 anos e desde então ela passou a morar conosco e sim, somos uma família.
Papai trabalha muito fora da cidade e então precisa viajar toda semana e volta depois de 4 semanas e vem nos visitar assim que chega.

Na verdade ele e minha mãe não estão mais juntos, mas tem uma amizade linda.

- Que tal ir... - meu celular tocando me interrompe no mesmo instante. - Deve ser o idiota do Júlio.

- Vamos matar ele juntas!

Levanto da cama e apenas confirmo minha suspeita quando peguei meu celular e vi o número do Júlio na tela.
Revirei os olhos e atendi.

- O que é? - falo deixando transparecer minha irritação.

- Clarice, me perdoa. Eu tive um contratempo e não consegui te avisar - ele fala com um tom de desespero.