O Amor Não Tem Preço - Completo - Em Revisão

Capítulo Bônus 💕

Analu Albuquerque

- Comprei flores novas - falei colocando as rosas brancas no túmulo dos meus pais. - Desculpem por ter demorado tanto pra vir...

- Querida, eles sabem porquê! - Fernando diz acariciando minhas costas.

- É... - levanto e o abraço.

Os anos se passaram, mas a saudade ainda é intensa. Sinto falta dos momentos que eu não tive com eles...

- Quer ir ao túmulo do Bernardo? - Fernando pergunta e sua pergunta me faz olhar para ele com uma expressão surpresa.

- Bernardo?

Nando balança a cabeça assentindo. Desde que estamos juntos e falei para ele do Be, ele nunca mais tocou no assunto.
Nunca mais.
E quando viemos visitar meus pais, ele não faz perguntas como essa.

- Quer?

- Nando, eu não acho bom...

- Não acha? Se sua preocupação é comigo, fique a vontade, meu amor!

Sorrio e selo meus lábios nos dele, e então andamos com as mãos entrelaçadas na direção do túmulo de Bernando. Que por sinal não está muito longe do túmulo dos meus pais.

- Aqui...

Paro em frente ao túmulo dele, sorrio fraco quando vejo a foto de Bernardo com seu terno e seu sorriso lindo.
Analu, foco! Você ama o Nando, apenas...
Sim, apenas!
Há algumas flores brancas e rosas próximas a lápide.

- Depois eu trago uma rosa para deixar aí... - Nando diz selando um beijo em meu cabelo.

- Obrigada, amor!

&_____&

Fito Anthony com Clarice assim que chegamos na parte de cima do cemitério.
É tão bom ver o quanto o Anthony está mudando sua postura, Clarice sem nem ao menos perceber está mudando meu pequeno Príncipe de uma forma quietinha, sem barulho.

Todos estão entrando na capela, Nando e eu fazemos o mesmo.
Quando entramos, logo vejo o caixão com o pai de Clarice dentro, ao lado está dona Bárbara e uma mocinha loira segurando a mão dela.
Caminho devagar até Bárbara e a abraço, quando nos afastamos ela sorri de canto.

- Meus pêsames! Que Deus conforte seus corações...

- Muito obrigada, Analu!

A mocinha loira me olha e sorri super fraquinha. Seus olhos enchem de água e no mesmo instante ela se vira.
Não quer que vejo sua fraqueza...

Quando estou prestes a voltar para perto de Nando, olho de relance para aquele homem morto naquele caixão.
Nicolas?

Não, não pode ser ele.

Em minha cabeça passa um turbilhão de lembranças...

O roubo, a briga com Bernardo, a carta na qual ele dizia que me amava, ele fugir...

Nicolas...

Por impulso volto até dona Bárbara e pego em seu braço. Ela franze o cenho.

- Como ele se chamava mesmo? - Pergunto.