O Amor Não Tem Preço - Completo - Em Revisão

Capítulo 39

Clarice

3 dias depois

- Como se sente hoje, Clarice?

O doutor pergunta ne cobrindo até minha cintura, ele acaba de examinar os pontos no local da cirurgia, sorrio e encosto minha cabeça no travesseiro.

- Bem... Com muita saudade do meu filho, mas estou bem!

- É bom ouvir isso! Sente alguma dor? Desconforto?

- Nadinha!

Ele sorri anotando algo em sua prancheta.

- E Anthony?

Pergunto sentindo um bolo se formar em minha garganta, desde que Anthony acordou eu não pude sair desse quarto para ir vê-lo, não podemos conversar. Ele ainda está na UTI, muito melhor, mas precisa ficar esse tempo para terem certeza de que ele não vai rejeitar meu fígado.
Mas eu sei que Anthony é forte e sim, ele vai aceitar, e em breve vai sair desse hospital.

- Ele está bem. Hoje já retiramos o oxigênio...

- Ele está aceitando o fígado?

- Ao que tudo indica sim! Não há nenhum sintoma de rejeição, e os medicamentos pós-transplante estão fazendo efeito!

Sorrio aliviada.

- Quer ir vê-lo?

Por um momento sinto meu ar faltar, mesmo que eu queira, muito falar com ele, fico pensando no que me espera. Pensando no que ele vai dizer. Se vai dizer barbaridades assim como falou da outra vez em que nos vimos, se vai me mandar embora...
Acho que eu não suportaria mais um rejeição vinda dele...

- Eu posso?

- Bom, você ainda precisa do soro, e os pontos precisam fe atenção... Se você for em uma cadeira de rodas acompanhada do soro, eu autorizo!

- Então eu quero!

Sorrio e ele também sorri.

- Vou avisar a enfermeira!

- Obrigada, doutor!

❤

Senti um leve incômodo no local da cirurgia assim que levantei e me sentei na cadeira de rodas. Mamãe chegou a alguns minutos e pediu para a enfermeira deixar ela me levar, a enfermeira autorizou, mas deixou o soro arrumado.
Estamos próximas da ala da UTI, mamãe empurra minha cadeira de rodas enquanto eu seguro a bolsa de soro com remédio.
E nesse percurso tudo o que Anthony me disse naquele dia na CA vem em minha cabeça, suas palavras duras, suas acusações, o jeito com que falou comigo e a forma com que agradeceu por não ter um filho nosso.

Mamãe da duas batidas na porta e em seguida a porta abre e dona Analu surge. Um sorriso largo se forma em seus lábios, ela da passagem e mamãe empurra a cadeira, logo entramos no quarto.
Rapidamente meus olhos fitam os de Anthony, e por mais que eu tente segurar, um sorriso surge em meus lábios e Anthony também sorri.

- Clarice...

- Oi, Anthony...

- Bárbara, vamos pegar um café?

Analu diz sorrindo para minha mamãe, ela balança a cabeça sorrindo e as duas sai do quarto, deixando Anthony e eu sozinhos.

- Como você está?