Pensamentos

278 22 3
                                    

- Elizabeth! Você está bem? – Arthur se aproximou de mim e colocou suas mãos em meus ombros. – Se machucou?

Eu estava encarando Meliodas no momento, ele também me encarava. Suas bochechas estavam rosadas e os lábios úmidos. O cabelo louro estava bagunçado e alguns fios estavam espalhados pela testa dele. Enquanto a música alta tocava irradiando os adolescentes em nosso redor, Ban tirava sujeira do ouvido com a ponta da unha do dedo mindinho.

Desviei o olhar de Meliodas e girei nos calcanhares para ficar frente a frente com Arthur. Ele avaliou meu estado com uma cara de preocupado. Eu dei um sorriso.

- Estou bem. – respondi. – Meliodas me impediu de cair. – apontei com o polegar para trás. Arthur ergueu as sobrancelhas, se inclinou para a direita e olhou para trás de mim.

- Obrigado, cara. – disse Arthur, gentil. – Por ajudá-la e tal.

Eu me virei, ficando ao lado de Arthur, e em frente Meliodas e Ban.

- Não foi nada. – garantiu Meliodas com um largo sorriso. – Eu preciso ir, minha cerveja está esquentando, isso é um pecado. – ele deu uma olhada para cima, para Ban.

- Entendi. – Ban revirou os olhos. – Quer minha companhia? – ele olhou entediado para mim. – Se ver Elaine, diga para ela me encontrar no frigobar. Estarei lá em 10 minutos.

- Sim. – garanti. Ele agarrou Meliodas pelo pulso e começou a puxá-lo, em instantes ambos foram engolidos pela multidão.

- E aí? – perguntou Arthur depois de um tempo. – É só meu ouvido que está sangrando, ou o seu também está? – eu ri quando entendi, ele estava se referindo ao volume máximo do som. Eu agarrei-o pelo braço parando de rir aos poucos.

- Vamos sentar um pouco. Acho que estou com uma bolha no pé. – ele deu uma olhada para meus sapatos, em seguida assentiu.

Voltamos para a mesa de antes, Elaine estava comendo uma azeitona no palito, enquanto Diane jogava uma moeda para cima e a aparava em seguida. Convidei Arthur á se sentar comigo lá, ele hesitou por alguns segundos, mas acabou concordando. Assim que percebeu nossa presença, Diane se endireitou na cadeira e colocou a moeda na mesa, ao lado de seu copo de uísque pelo meio.

- Ooi. – cantarolou para nós.

Ignorei-a e olhei para Elaine.

- Ban pediu que fosse encontrá-lo no frigobar. Ele estará lá em 10 minutos. – transmiti o recado rapidamente para ela. Elaine colocou o palito na mesa e cuspiu o caroço da azeitona num copo vazio.

- Obrigada. – ela se levantou. – Estou indo lá para esperá-lo. – ela acenou e saiu apresada pela sala.

- Então vocês dois...? – Diane voltou a se pronunciar, soando inocente. Eu dei um sobressalto e Arthur soltou uma risada abafada.

- Mal nos conhecemos. – esclareceu Arthur sem olhar para Diane ou para mim, ele olhava para a moeda de Diane na mesa. – Não acho que se possa desenvolver algum sentimento romântico em poucas horas, e além do mais, ela tem namorado.

Diane piscou espantada e eu encarei Arthur.

Namorado?! – perguntamos juntas com o mesmo tom de espanto.

- Ta namorando e não me fala, é? – Diane me olhou séria e eu sacudi a cabeça.

- Não, não! Isso deve ser um mal entendido. – me virei para Arthur. – Eu não estou namorando, nem sequer tenho pretendentes. – sorri nervosa.

- Desculpe. – Arthur parecia confuso. – Mas... e a sua visita na farmácia?

Ah!

As camisinhas.

MadnessOnde histórias criam vida. Descubra agora