POV ELIZABETH
- Elizabeth Liones? – levantei a cabeça e encarei minha melhor amiga, Diane, dentro de um vestido preto completamente apertado, este realçava seu busto e traseiro. – Faz 5 minutos que estou lhe chamando! – ela estalou os dedos no ar, chamando minha atenção. – O que acha desse?
- Perfeito.
Diane ofegou, caminhou até mim e se sentou em meu lado, afundando no futon. Eu fechei a revista que eu estava lendo – na verdade olhando as fotografias dela – e me virei para minha amiga, reparando de imediato sua imensa careta de tédio.
- Você disse “perfeito” para todos os 13 que experimentei.
- Bem, disse por que na verdade todos eles ficaram perfeitos em você. E se você está se esforçando para agradar o seu namorado, eu tenho certeza que se você aparecer vestindo um saco de batatas, ele vai te elogiar e babar como sempre fez.
Ela riu.
Diane e seu namorado estão juntos há pouco mais de 2 anos, e não importa como ela está vestida, ele sempre a elogia. King – o namorado dela – está muito apaixonado e eu acho que os dois realmente combinam. Ambos se conheceram após Elaine – nossa amiga e irmã de King – o apresentar para nós em um churrasco na casa do namorado dela, Ban. King morava com os avôs numa fazenda, mas se mudou pra cá para morar com os pais e a irmã, na semana seguinte ele se matriculou em nosso colégio. Assim que conheceu Diane, ele ficou fascinado. Até se jogou na piscina por ela, e ele não sabia nadar.
- Ei. – cutuquei Diane no ombro. – Escolhe o laranjado. – olhei para o vestido laranjado pendurado em uma cadeira a nossa frente. – Essa cor combina com você. King vai adorar.
Ela se levantou, olhou sorrindo para mim e acabou assentindo. Eu glorifiquei ficando de pé. Já fazia praticamente 4 horas que estávamos naquele shopping. Enquanto Diane foi retirar o vestido preto, eu senti um desconforto e me encolhi. Estava com câimbra no traseiro. Quando ela saiu do provador, ela pegou o vestido laranjado e foi pagá-lo. Seu sorriso era enorme.
- Gosto das festas que o Ban dá. – ela comentou se aproximando.
- Claro. – eu sorri. – Ele mora sozinho, lá tudo é liberado.
Ela me deu um tapa na cabeça, eu gemi de dor e a encarei.
- Não vai comprar nada?
- Não. – respondi. – Tenho uma roupa que usei apenas uma vez para a festa de formatura do fundamental, posso usá-la.
Encontramos-nos com Elaine na sorveteria, nos cumprimentamos com respectivos dois beijinhos no rosto e nos sentamos, Diane pediu um sorvete com 3 bolas, todas de chocolate. Eu pedi apenas água. Estava cansada e minha bunda formigava.
- Como está o preparativo para a festa? – Diane perguntou a Elaine com aquele imenso sorriso que diz “tô doida pra balançar o esqueleto!”
- Faz 6 horas que não falo com o Ban. – respondeu Elaine sem retirar os olhos de seu celular, ela teclava com certa pressa, e eu pude perceber seus lábios se contraírem para um sorriso.
- É. – concordei. – Mas está falando agora.
Elaine teve um sobressalto, ficou vermelha igual pimentão e enfiou o celular dentro do bolso do short. Diane gargalhou. A garçonete se aproximou, entregou a ela o sorvete e em seguida me entregou a água. Agradecemos em uníssono. Abri a garrafinha d’água e comecei a beber, minha garganta parecia agradecer.
- Não precisa ficar vermelha, Elaine. – comentou Diane, cutucando seu sorvete.
- Ban está comprando cervejas. – disse Elaine, ainda sem graça. – Ele pediu que eu ligasse para King, para ele poder ajudá-lo.

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Madness
RomancePor que as coisas não vão bem entre o mentiroso, você e a chorona, eu? Amor não é sobre as lágrimas infelizes que vão junto com ele, essas lágrimas apenas machucam e deixam meus olhos secos. Eu amo esse destino. Eu quero aceitar seus sentimentos que...