- Oi. – eu estava parada em frente à piscina de Ban, Diane estava com uma cara estranha, como se quisesse vomitar, Elaine estava sentada do lado dela e brigava com um bife. Ambas ergueram o olhar para mim e eu acenei. – Oi. – repeti.
- E aí! – respondeu Diane batendo continência.
- Oi. – disse Elaine. – Senta. – ela apontou para uma cadeira vaga.
- Como estão? – puxei a cadeira e me sentei.
- Bem, tirando o calor. – Elaine riu.
- Eu estou querendo morrer. – afirmou Diane se endireitando. – Estou com dor de cabeça, com uma bolha gigante no dedão do pé, e quando olho para bebida alcoólica dá vontade de por tudo pra fora.
- Tudo o que? – perguntei.
- O bofe, o rim, o fígado, o coração. O que vier primeiro.
- Que ressaca brava. – comentei rindo. – Ah, vocês não sabem da novidade!
- Fofoca? – Diane ergueu uma sobrancelha para mim e Elaine a espetou com o garfo. – Ai! Essa porra dói.
- Bem, não é bem uma fofoca. – eu sorri. – Margaret vai casar com o Gil.
Elaine e Diane se entreolharam, em seguida arregalaram os olhos para mim.
- Sério?! – perguntou Elaine. – Isso é perfeito! Tenho que parabenizá-la!
- Sua irmã se deu bem. – confirmou Diane. – Estou feliz por ela. Quando vai ser o casamento?
- Mês que vem. – respondi.
- Cacete, já? – Diane quase derrubou o copo de água dela. – Cara, eles estão desesperados para terem alianças ou o quê?
- Eu acho bonita a atitude deles de querer casar logo. Construir uma família. – Elaine encarou seu bife no prato e em seguida olhou para o outro lado da piscina, que era onde Ban e os meninos estavam reunidos ao lado de uma churrasqueira.
- Pensa em casamento? – perguntei a ela.
Ela me encarou.
- Não! Não, ainda não. É cedo demais. – ela se encolheu.
Eu olhei novamente para Ban, ele estava com uma espátula e reclamava alguma coisa para King em seu lado. Eu sorri, imaginando Elaine casada com ele. Sim, acho que não seria um absurdo. Os dois se amam, ia ser interessante ambos se chamando de “marido” e “mulher”, apesar de que eu não enxergo tanto romantismo assim em Ban.
Sentado perto deles estava Meliodas, e ele estava olhando fixamente para mim. Arqueei uma sobrancelha, ele disse que não iria vim para o churrasco porque tinha outro compromisso. Afastei a cadeira e me levantei.
- Volto logo. – avisei para as meninas e comecei a caminhar em direção ao outro lado da piscina. Meliodas percebeu que eu estava indo até ele e se levantou. Parei em sua frente e suspirei. – Oi.
A resposta dele foi um meio sorriso.
- Você disse que não ia vim, e olha você aqui. – devolvi o sorriso.
- É, meu compromisso furou. – ele coçou a nuca, parecia envergonhado.
Ah!
O compromisso dele era mulher, claro.
Ele deve ter levado um fora e veio enxugar as mágoas na carne assada.
- Eu pensei que não ia falar comigo depois do que aconteceu na lanchonete.
- O que aconteceu na lanchonete? – Ban perguntou, apertando a espátula na mão e nos encarando com um olhar curioso.
- Nada. – respondeu Meliodas. – Cuide do seu churrasco, antes que queime.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Madness
RomancePor que as coisas não vão bem entre o mentiroso, você e a chorona, eu? Amor não é sobre as lágrimas infelizes que vão junto com ele, essas lágrimas apenas machucam e deixam meus olhos secos. Eu amo esse destino. Eu quero aceitar seus sentimentos que...