Prólogo

611 33 3
                                    

Era meia-noite e meia quando seus magnéticos olhos verdes acompanharam sua acompanhante se aproximar com um vestido cor vinho, casual, e um sorriso de deixar qualquer queixo caído. Ele estava acostumado á vê-la deslumbrante, mas naquela noite por alguma razão, ela parecia mais linda. Ela parou na frente dele e sorriu tímida, deixando-o ainda mais apaixonado. Ele retribuiu o sorriso e pegou na mão dela, obrigando-a a se inclinar para baixo para ficar no tamanho dele, pois era muito baixinho para sua idade.

Ele depositou um beijo quente na testa dela, fazendo-a fechar os olhos e gemer baixinho.

- Estava achando que não iria querer ir. – ele murmurou baixo demais, ela teve que se esforçar para ouvi-lo. – Fico feliz que tenha me provado o contrário. – ele se afastou um pouco, deixando com que ela se erguesse e ficasse em seu tamanho normal.

- Preciso te contar uma coisa. – a expressão tímida e apaixonada dela desapareceu como um raio. Ele ergueu uma sobrancelha, se perguntando mentalmente o que poderia ser, mas acabou sorrindo e a puxando com ele.

- Essa coisa pode esperar. Reservei o melhor lugar para nós no seu restaurante preferido. O que vai querer hoje? Salmão?

Ela o seguiu quieta. E permaneceu em silêncio enquanto ele abria a porta do carro para ela, percebendo sua mudes, ele começou a cantarolar uma canção enquanto dirigia ao restaurante favorito dela, e claro, dele.

O silêncio se dissipou quando eles já estavam sobre a mesa do restaurante, saboreando um delicioso vinho escolhido por ele. O lugar que ele tinha escolhido era encantador. Tinha a vista para as diversas estrelas que preenchiam o céu, assim como as nuvens que enfeitavam aquele infinito.

Sua acompanhante chacoalhou a taça de champanhe, encarando o liquido se balançar lá dentro. Ele limpou a garganta, ganhando a atenção dela, que sorriu.

- Posso fazer o pedido? – perguntou ele pegando o cardápio e o abrindo.

- Não vou querer nada. – respondeu ela, largando a taça em cima da mesa.

- Não? – ele deu uma risadinha abafada, como se achasse que ela estava brincando.

- Meliodas. – chamou ela, sua voz oscilou. – Olhe para mim.

Ele – Meliodas – subiu o olhar para ela, seus olhos esverdeados brilhavam. Sua acompanhante soltou um suspiro pesado e agarrou a borda da cadeira que estava sentada.

- Eu te amo. – ela disse, sincera.

Meliodas ficou mudo perante sua confissão, fechou o cardápio de uma vez, o som soou alto como um tapa. Ele soltou o cardápio na mesa e puxou sua taça de vinho, deu três goles e riu para os pés.

- Ficou estranha esse tempo todo apenas para me dizer isso? – ele voltou a olhá-la e franziu a testa, sua bela garota estava chorando. Ele colocou a taça sobre a mesa e se levantou com os olhos arregalados. – O que eu fiz?!

- Não. – ela sacudiu a cabeça e se levantou também. – Você não fez nada... na verdade eu... me desculpe, é que...

- Voltou a ficar estranha. – reparou ele.

- Não posso ficar com você.

Aquelas palavras soaram como facadas no peito dele. Pela primeira vez, durante anos, Meliodas havia ficado sem palavras. Talvez ele tenha isso como um problema, já que sempre tinha resposta para tudo, inclusive para ela, para a garota que ele ama.

- Você acabou de me dizer aqui que me ama. – lembrou ele num murmúrio quase inaudível.

- E amo. – ela fungou. – Mas não podemos continuar juntos. Espero que entenda.

MadnessOnde histórias criam vida. Descubra agora