-Elaine... – eu a cutucava com a ponta da lapiseira. – Ei, Elaine. – cutuquei com mais força. Ela grunhiu e olhou para mim por cima do ombro, ela estava prestes a perguntar o motivo de eu cutucá-la. – Você sabe muitas coisas sobre o Meliodas, devido ao Ban que te conta tudo. Então, você sabe sobre os pais dele?
– Você quer conversar sobre os pais de Meliodas dentro da sala? – ela me olhou como se eu fosse louca.
– Bem, ele me disse algo que me deu a entender que ele cresceu sozinho. – comentei, me lembrando.
“Quando você cresce sem os pais, você tem que aprender a se virar sozinho.”
– Olha, falar sobre isso seria como invadir a intimidade dele sem pedir permissão.
– Mas você me contou de Liz.
– Contar sobre uma ex namorada é muito diferente do que contar sobre os pais. Se você está muito interessada, pergunte a ele. Eu tenho certeza que ele não vai ficar furioso pelo seu interesse. Eu sei sobre os pais dele, mas não foi porque Ban me disse. Eu estava chegando na casa de Ban um dia, e então eu ouvi Meliodas falar sobre os pais. Acredite, Elizabeth, falar sobre os pais dele o deixa mais destruído do que falar sobre Liz.
E com isso ficamos caladas, tentando prestar atenção na porcaria da fotossíntese.
Quando – finalmente – as aulas se deram por encerradas, eu joguei meus materiais desajeitadamente dentro da mochila. Olhei para Elaine, ela estava com o celular na mão prestes a atender uma ligação, deveria ser Ban. Ela olhou para mim, eu acenei, ela sorriu e atendeu o celular com um enorme sorriso preenchendo seus lábios.
Levantei-me da cadeira e saí apressadamente da sala. Comecei a procurar por Meliodas. Eu não sabia qual era a sala dele, então comecei pelos corredores, talvez por sorte eu pudesse encontrá-lo. Olhei para todos os lados, ah, vai ser difícil procurar um baixinho no meio de tanta gente.
– Ta procurando alguém?
– Tô sim, você viu um baixin... – me virei e fiquei muda imediatamente. Meliodas estava olhando para mim com uma careta engraçada, contive a vontade de rir. Ele estava muito bem para alguém que tinha chorado muito em plena agonia.
– Um baixinho? – ele cruzou os braços, parecia pensativo. – Ah! – estralou os dedos no ar. – King é baixinho.
– Não, na verdade, eu...
– Aí está você! – Diane se aproximou de nós com King em seu lado. Ele estava se entupindo de batatas fritas e não ofereceu suas batatas para ninguém. – Elizabeth, eu estava pensando da gente fazer um grupo de estudo. Podemos não ser da mesma sala, mas estamos no mesmo ano, os conteúdos provavelmente são os mesmos.
– Grupo de estudo? – eu repeti, um pouco espantada. – Pra quê isso agora? Você nunca se interessou por estudos, o que aconteceu?
– Sabe quando o navio afunda? – perguntou King. – Imagine Diane dentro deste navio.
– Isso não aconteceria. – interferiu Meliodas, com um sorriso. – Você a salvaria, e não deixaria que ela afundasse junto com o navio.
– Acontece – King coçou a cabeça, um pouco envergonhado. –, que eu também estou afundando no navio.
– Alguém pode me explicar o que diabos está acontecendo? – eu perguntei tentando não me irritar.
– O professor de Biologia disse que se eu e King não nos esforçássemos, com quase toda a certeza, iremos repetir de ano.
– Ah, então o professor de Biologia é o navio que está afundando vocês dois, agora eu entendi. – Meliodas olhou para o nada. Ignorei e segurei Diane pelos ombros.

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Madness
RomancePor que as coisas não vão bem entre o mentiroso, você e a chorona, eu? Amor não é sobre as lágrimas infelizes que vão junto com ele, essas lágrimas apenas machucam e deixam meus olhos secos. Eu amo esse destino. Eu quero aceitar seus sentimentos que...