Eu sou uma Stark // Completa!!

Não dá mais...

Saí correndo para o quarto de Peter. Não posso esperar mais nem um minuto...

– Peter! – gritei quando bati na sua porta. Mas quem abriu foi...

– O que você quer? – disse a garota ruiva com um olhar de ódio.

– Bom, eu quero falar com o Peter, o que acha que poderia ser? – respondi irônica.

– Sei lá, talvez ficar iludindo ele e quebrando seu coração? De novo...

– Querida, da licença, a vida é de quem mesmo? Ah! Lembrei, é minha, então tira a sua cara de bouldog da minha frente e vai cuidar da sua vida.

Nesse momento Peter saiu de uma porta dentro do quarto e me viu parada na porta.

– Peter, eu tenho que...

– Eu sei. – respondeu ele cabisbaixo.

– Peter, não vai dar ouvidos pra Stark vai? Você viu o que ela fez com você?

– Garota, meu nome não é ração pra ficar em boca de cachorra não, viu?

– Olha quem fala! A cachorra aqui é você! Fica quebrando o coração dos outros e ainda vem dar satisfação! Volta lá para suas irmãs piranhas vai!

– Da licença! Tá pedindo pra morrer ou o que, lacraia?

– Parem!!!

Eu e a jumenta viramos surpresas para Peter dentro do quarto. Ele parecia sofrer com aquilo.

– Tyler, me encontra na sala 24 em cinco minutos. Por favor.

Olhei enfurecida para a garota e fui direto para a sala 24. No caminho fiquei tão frustrada que sentia meus olhos fervendo.
Aquela cobra nojenta me paga. Além de ficar inventando coisas sobre mim ainda acha que tem o direito de se intrometer na minha vida?! Aaahhh ela vai ver no que dá provocar a Stark aqui...

Depois de uns cinco minutos esperando Peter na sala, ele apareceu. Não olhava pra lugar nenhum a não ser seus pés.

– Peter, eu sei o que ela te disse. Sei que ela te disse coisas horríveis de mim, mas eu... eu...

– Eu sei o que vai dizer. Quer se desculpar me dizendo que me quer de volta. Tyler... – ele levantou a cabeça e passou a mão no cabelo – Você me machucou. Muito. Muito. Entenda que eu não vou superar isso. Não muito fácil. Eu chorei horas por sua causa. E aí... eu te vi com aquele... Quebrou meu coração. Mais do que já havia.

– Peter, o Jack é meu amigo! Nunca teve nada entre nós. Nada! Ele é como um irmão pra mim! E-e eu sei que eu errei, e feio! Mas eu tenho medo do que... eu tinha medo de...

Comecei a chorar. Aquilo era demais pra mim. Eu nunca falei disso com ninguém. Só Teresa sabe sobre isso, nem Jack sabe... Me sentei no chão e comecei a chorar olhando para os pés dele. Peter também mantinha o olhar nos seus pés.

– Me desculpe... e-eu gosto muito de você Peter. Eu...

– Não! Tyler, não. Eu não posso mais. Você me machucou muito! – disse ele olhando pra mim com os olhos cheios de lágrimas – Não da mais!

– Peter, eu tinha medo... eu não podia me... eu tinha muito medo de...

– De que?! De que?! Porque, você nunca tem medo de nada não é? Nem de acabar com a alma de uma pessoa!

Eu me levantei e olhei fundo nos seus olhos. Ele chorava. Eu chorava. Eu realmente tinha o magoado... O que eu fiz?...

– Eu amei você... Ty eu amei você.

– Peter. Eu te amo. Amo muito. Peter eu sou a pior pessoa que existe pra você agora, eu sei, é você tem todo o direito de sentir isso. Mas eu... eu sei que errei. Me desculpe...

– Mary estava certa. Ela sabia que você iria voltar... ela sempre esteve certa.

– Acredita mesmo no que ela disse? – perguntei. Era a última pergunta que eu faria. Última.

– Sim. – respondeu ele depois de me encarar eternamente. Eu mantive a minha postura e respondi.

– Então eu estava errada.

Saí da sala e antes que cruzasse a porta ele disse:

– Errada sobre o que? – sua voz era trêmula. Ele estava mesmo chorando. Parei na frente da porta e sem nem me virar respondi:

– Sobre tudo.