Peter está vivo. Tony Stark, você falhou na sua missão de eliminação

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— Não diga nada. Eu me odeio. Eu te desculpo. Não, você me desculpa. Me desculpe Ty eu fui o cara mais besta e troxa no mundo... Você... Ai pera... Eu corri... — ele bufava de respirava com dificuldade na minha frente. — Do escritório do... Fury... Nossa, espera um pouco...

Peter se apoiou no joelho e respirou por uns minutos.

Ele acabou com todo o discurso bonitinho.

Como eu estava em choque, não consegui nem perguntar se ele estava bem.

— Tyler... — ele continuou. — Eu fui horrível. Egoísta, idiota. Eu tenho ódio de gente egoísta e eu fui o maior egoísta da história. Fury me disse. Eu tenho tanta raiva de mim Ty, eu não acreditei em você, e eu tenho raiva por acreditar em Fury. Eu deveria ter acreditado em você, e não nele.

Ele parou de novo. Isso doeu um pouco. Como assim ele estava se desculpando? Eu deveria fazer isso, eu menti, não ele.

— Peter, não é você que deve se desculpar. Sou eu. Eu menti, eu te enganei, eu fiz isso duas vezes. Não você. Se alguém errou fui eu!

— Não errou não! Não errou! Você mentiu, sim, mas porque não teve escolha. Fury te pediu. Você mentiu para que conseguíssemos salvar o mundo. Isso não é mentira, é sobrevivência. É heroísmo. E eu fui cego para conseguir ver isso sem ajuda. E eu odeio isso.

Eu olhava para o chão sem dizer nada. Não concordei nem um pouco com ele. Não era sobrevivência, muito menos heroísmo. Para mim era mentira.

Mas eu não queria discutir. Não mesmo.

Então uma dúvida surgiu na minha cabeça.

— Espere... Como você foi falar com Fury? Quero dizer... Por que?

Peter sorriu e me respondeu olhando nos meus olhos.

— Foi seu pai.

Hein?

— Desculpa, o que? — perguntei de novo por garantia.

— Seu pai. Tony Stark.

Mas o que?

Meu pai? Ele teria matado Peter! Não convencido ele!

— Mas... Ele me disse que ia te matar! — eu disse. Peter riu como se fosse brincadeira. Mas não era. Eu realmente fiquei confusa.

Acho que a quase morte dele afetou o seu cérebro...

— Não... Ele veio falar comigo. No começo eu achei que ele me mataria, de verdade. Mas ele só conversou. Me explicou, na verdade.

— Mas ele não te ameaçou? Nada do tipo "Chega perto dela de novo que eu explodo a sua cabeça"? Nada?

— Não! Tyler! Parece até que você queria que ele tivesse feito isso! — respondeu Peter rindo.

— Claro que não Peter, mas eu realmente estou preocupada. Acho que ele está louco! Ele mudou de mais em um dia... Pety, ele me chamou de "Princesa"!

Pety riu mas eu continuava um pouco incomodada.

Parece clichê, mas não é.

Não é normal.

— Eu adoro quando você me chama de "Pety".

Corei um pouco e abaixei a cabeça.

— Eu achei que você não gostasse...

— Aprendi a conviver com isso. — ele disse dando de ombros.

Era bom tê-lo de volta.

(Eu sei que não ficamos nem dois dias separados, mas para mim foram dois séculos).

Aí veio aquele silêncio ruim.

Então eu descidi voltar a falar.

— Então... quando vai falar com a Tia May?

— Eu acho que hoje. Pretendo voltar pra casa hoje... — respondeu respirando fundo.

— Quer que eu vá junto?

— Não sei... Acho que vai ser melhor eu contar primeiro sozinho, sabe? Para tentar fazer ela entender...

Ele parecia com medo e preocupado.

— Não tenha medo, Pety. Ela é a sua família. Eu te prometo que ela vai entender, Tia May é inteligente e te ama muito Peter.

— Eu sei... Eu tenho medo de contar sobre como eu comecei... Sobre o Tio Ben e-...

Pety respirou fundo e colocou as mãos nos bolsos como se se segurasse para não chorar.

Coloquei as mãos nos seus ombros e o puxei para um abraço. Suas mãos encostaram meu quadril e ele apoiou a cabeça no meu ombro.

Era o único abraço que eu precisava.

Depois de um tempo, ele se afastou e me beijou lentamente. Entre os beijos, Peter abria alguns sorrisos e me abraçava mais forte.

Então se afastou e me deu mais um selinho e disse:

— Eu te amo. Te ligo assim que terminar de falar com ela.

— Okay...

Abri um sorriso tão grande que minhas bochechas começaram a doer depois de um tempo que ele já tinha partido.

Peter seguiu seu caminho para a sua casa, e eu segui o caminho para a minha.

Segui para o estacionamento do térreo e encontrei Happy já colocando algumas coisas no porta malas de uma Rand Rover preta.

— Ty! — disse ele me abraçando.

— Oi!

Meu pai já estava ali no estacionamento falando com algumas pessoas.

— Vamos? — perguntou ele ao voltar para perto do carro.

— Jack vai conosco?

— Não, ele já foi com os pais que vieram buscar. Parece que ia até a casa de Teresa.

O sorriso que já estava grande, ficou ainda maior.

— Eu te amo. — disse pulando nos braços de meu pai.

Papai demorou um tempo para responder. Passando a mão pelas minhas costas, ele disse sorrindo:

— Eu também te amo, pirralha. 


Em casa, mamãe quase morreu.

Ao atravessarmos a porta principal, ela, que estava na sala (provavelmente andando de um lado para o outro,impaciente com a demora), correu até nós e se jogou no chão chorando.

Nos ajoelhamos para acalma-lá e abraçá-la. Pela primeira vez, não levei uma bronca!

Depois de acalmarmos ela, conseguimos levá-la para o sofá e papai disse muitas coisas.

O quanto amava a carreira, mas o quanto amava a ela ainda mais. Que ele tiraria férias imensas só para ela e viveria para ela o resto da vida.

Eu fiquei bem quieta pensando comigo mesma se, algum dia, eu e Peter chegaríamos a esse ponto.

Normalmente namoros de adolescência não eram levados muito a sério. Claro, porque adolescentes não levam nada a sério.

Mas eu e Pety não éramos adolescentes normais. Estávamos longe de ser.

Era muito mais do que um simples namoro da adolescência. Era um namoro de duas pessoas com vidas totalmente bagunçadas e complicadas, mas ao mesmo tempo encantadoras.

Eu amava Peter, e, de novo, tinha certeza de que ele me amava também.

Não como dois meros adolescentes normais.

Como nós éramos.

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Oi galera,

Então, está acabando gente... isso dói tanto em mim quanto em vocês.

...

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