Ganhei meu irmão de volta

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Mentir para todo mundo vai ser difícil, ainda mais sobre um assunto tão sério. Mas eu estava acostumada a esconder algumas coisinhas das pessoas, então...

Meu único medo real era a minha mãe. Eu nunca, repito, nunca consegui guardar alguma coisa dela por muito tempo. Tanto que quando papai me deu o pen drive eu sabia que não ia conseguir guardar por muito tempo.

Mas agora é diferente. É uma investigação que pode durar meses, anos! Eu não sei se conseguiria...

E tinha Peter ainda. Eu detesto mentir para ele. Peter nunca escondeu nada de mim e eu não queria ser a primeira a acabar com essa confiança que nós tínhamos.

Eu estava sozinha no meu quarto fazendo essas reflexões quando meu pai entrou.

— Ty, acho bom você dormir cedo. Vamos sair daqui no começo da manhã.

— Hum... tá. Eu já vou.

Ele me deu um beijo na testa e sorriu. Fechou a porta as suas costas e foi embora.

Era bom eu dormir, já que a última noite eu não consegui nem fechar os olhos direito.

Coloquei o meu pijama e deitei na cama ainda me sentindo culpada por mentir para muitas pessoas que eu amo.

"É por uma boa causa" eu dizia para mim mesma. "Um dia, o mundo vai agradecer".

Na manhã seguinte, eu acordei com alguém puxando a minha coberta.

— Pai... para!

— Que pai? Não sei de quem você está falando? — disse Peter tentando arrancar o lençol enquanto eu o segurava. — Tyler solta! Acorda! A gente já tá indo!

— Eu não quero...

— Quer sim. Saí daí.

Peter conseguiu tirar o lençol de mim e então ele deitou na minha frente na cama. Seu nariz estava quase encostado no meu. Eu conseguia sentir a sua respiração calma, mas aqueles olhos absurdamente azuis me hipnotizavam.

— É bom você levantar, antes que alguém entre e nos veja assim.

— Eu não me importaria...

— Só levanta, Ty. — disse ele sorrindo. Eu me aproximei e o beijei.

Pety se levantou e me disse para me trocar rápido. Eu levantei enquanto ele deixava o quarto e comecei a me trocar. Lembrei que na viagem eu seria eu mesma, mas eu tinha que agir como uma pessoa responsável por ser a herdeira das Industrias Stark.

Então, peguei uma camiseta cinza, uma jaqueta moletom e coloquei uma calça jeans meio rasgada com meu All Star vermelho.

Pra mim, isso é ser responsável.

Eu não sabia aonde o avião ia nos pegar, mas eu não tive pressa para tomar o café. Peguei a minha mala e mais algumas coisas. Coloquei meu relógio no pulso e saí do quarto.

Peter me disse que ele estaria esperando no saguão da pista de pouso.

Quando cheguei lá, todos já estavam me esperando, Peter, meu pai, minha mãe que veio se despedir, e...

— Jack? — eu disse quando me aproximei deles.

— Oi...

— Ele... você não vai com a gente, vai? — eu perguntei olhando para Peter.

— Vai. — respondeu Pety com um olhar severo. Eu sei que ele queria que eu parasse com aquela briga.

— Fury solicitou a presença dele na missão ontem. E...

Eu sou uma Stark // Completa!! Onde histórias criam vida. Descubra agora