Benner

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Sem perceber, eu já estava desmaiada.

Muito bem Tyler, eu estou orgulhosa. Você dorme sem mesmo dizer uma frase de incentivo ou algo como "morra" para a deusa da morte.

Não sei se é possível ela morrer, a final metade dela já está morta.

Eu acordei com a minha cabeça apoiada no chão gelado. Senti uma dor insuportável ao tentar me levantar. Eu estava em uma sala escura. Não encheríeis nada, nem mesmo meu corpo.

— Peter? — eu disse tentando achá-lo no meio da escuridão. Eu não poderia estar sozinha. Pelo menos eu rezava para não estar.

— Tyler? É você? — uma voz perguntou. Mas não era Peter. Era uma voz que eu não ouvia a muito, muito tempo.

— B-benner? Professor Benner! Onde... onde você...?

— Eu vou continuar falando. Siga a minha voz. — eu obedeci. — Puxa, eu gostaria de ver o seu rosto agora... você parece ter crescido! Acho que achei seu braço! É você Tyler?

— Sou! Sou eu! Professor, você está bem? Oh céus, a quanto tempo está nesse escuro? — perguntei assustada. Eu segurava a mão de Benner sem vê-lo. Era horrível, eu me sentia como se estivesse cega.

— Bom, eles me trouxeram para essa coisa a muito tempo. Como percebeu, eu não tenho nenhuma luz para tentar ter noção de tempo. Só sei que faz muito, muito tempo que eu não vejo a luz.

— Você não pode ter ficado aqui por todos esses anos. Você não estaria...

— Vivo, é eu sei. Não, eu desapareci quando fui sequestrado. Mas eles me trouxeram para cá um tempo depois de terem me mantido em um lugar horrível. Não era na Terra, disso eu sei.

— Helheim? A terra dos mortos? — deduzi.

— Oh, não. Pelo menos não me lembro de ver zumbis andando soltos por lá. Não, aqueles pareciam mais gigantes. Alguns eram menores, mas outros, Tyler, eles eram maiores do que a antiga Torre dos Vingadores!

Eu realmente estava assustada. Não por conta da descrição de Benner, mas sim por conta de serem gigantes. Se Hel o levou para o mundo dos gigantes (que eu tenho quase certeza que se chama Jötunheim), isso significa que os gigantes estão do lado dela na guerra.

Agora teríamos que lidar com eles também.

Eu expliquei para Benner tudo o que estava acontecendo. Sobre Hel, o Ragnarok, os mundos. Expliquei o problema dos gigantes.

— E é por isso — continuei — que precisamos de reforços. Eu fiz uma pesquisa, existem outros vários heróis que a S.H.I.E.L.D. pode entrar em contato. Precisamos deles. Não vamos conseguir sem ajuda.

— Você acha que tem alguma chance de... o Ragnarok acontecer? — perguntou Benner com a voz mais fina do que o normal.

— Com certeza. Tem mais chance de acontecer do que de nós o impedirmos. Vamos precisar deles. De todos. Odin tem um exército de heróis chamados de einherjar. Mas nós temos que ajudar também.

Benner não disse nada. Eu comecei a me perguntar se Peter e Jack estariam ali no escuro desmaiados.

Soltei a mão do professor e comecei a chamá-los. Nenhum dos dois respondia nada.

— Jack! Pety, vocês estão aqui?

Enquanto eu procurava, alguém começou a fazer barulho do lado de fora. Provavelmente estava abrindo alguma porta em algum lugar ali.

Quando a porta se abriu, um feixe de luz entrou e me cegou. Não estava tão claro fora das quatro paredes em que nós estávamos, já que o bunker era no subsolo, mas estava mais claro do que dentro do quartinho.

Eu sou uma Stark // Completa!! Onde histórias criam vida. Descubra agora