Acordei às cinco horas da manhã. Como seria um dia mais difícil, decidi acordar mais cedo para não ter que fazer nada com presa.
Levantei da cama e fui tomar um banho. Saí e coloquei uma roupa não chamativa por que eu já estava me sentido um farol de barcos sem a roupa.
Coloquei uma calça preta, blusa meio larguinha cinza escuro, uma bota de cano baixo preta e uma blusa de flanela listrada de vermelho e preto. Soltei o cabelo e deixei ele o mais natural possível.
Peguei minha mochila e desci para tomar café. Não havia ninguém na cozinha então eu mesma fiz minhas panquecas e o café. Comi com calma e apenas quando acabei minha mãe desceu para tomar o seu café.
— Hum! Acordou mais cedo?
— É. Queria tentar ter pelo menos essa parte da manhã tranquila...
Ela passou a mão pela minha cabeça.
— Por que não liga para o Peter? Ele sempre te dá bons conselhos.
— Eu já falei com ele sobre isso. Ele disse que vai ser como foi com o papai. As pessoas passam a tratar a gente diferente, mas vão continuar respeitando é um dia a gente se acostuma...
— Ele estava certo. É exatamente assim. E não se preocupe, sempre vamos estar aqui para você, filha. Todos nós, a sua família.
Ela me deu um beijo na bochecha e eu levantei. Me sentei no sofá branco da sala de visitas. Fiquei encarando a porta com medo do momento em que Happy chegaria e me diria que estava na hora de ir.
E esse momento chegou bem rápido.
— Vamos logo!
Entrei no carro e seguimos o caminho todo em silêncio.
Happy parou o carro na frente da escola. Mas eu demorei um pouco para descer. Respirei fundo e abri a porta.
Muitos alunos me olhavam. Alguns assustados, outros admirados, e alguns até faziam comentários como "Olha! É ela!" ou " Nossa, ela está viva!".
Eu me senti muito constrangida. Não conseguia dar dois passos sem chamar atenção. Todos olhavam na minha direção.
O sinal tocou e eu corri rápido para a sala de Física. Pelo menos eu poderia dormir um pouco na aula. Eu já sabia toda a matéria mesmo...
Decidi mudar meu lugar hoje, me sentei lá no fundo da sala em um canto bem escondido. Quando o garoto que sentava nesse lugar chegou e me viu sentada, ele congelou e se sentou onde eu deveria estar. Graças aos deuses, Teresa chegou um pouco depois.
Ela veio se sentar do meu lado.
— Oi. Como está indo?
— Péssimo. Tô me sentindo um cone de rua. Olha! — eu disse apontando para as pessoas que entravam na sala.
Até todos passarem a porta, eles estavam felizes, sorridentes e claro, falando de mim. Ao entrarem, eles paravam de falar e me encaravam. Então eles se dirigiam para suas adoráveis mesas e se sentavam ainda lançando alguns olhares para mim.
O professor entrou na sala e todos pararam de fazer comentários sobre mim.
Só que...
Parece que ele também não gostou de me ver...
Ele me encarou parado na frente da lousa. Com isso, todos se viraram para me ver.
— Bom dia Srta. Stark.
— Oi...
— Bem vinda de volta. Como foi a semana? — que? Como assim? Por que ele está me perguntando essas coisas?
— Hum... bem... eu acho.
— É... então... vamos logo começar essa coisa.
O pior é que ele não foi o único professor que me fez perguntas estranhas e ficou me encarando durante a aula.
E o pior nem foram as aulas. Foi o intervalo...
Da até vontade de morrer...
Toda a escola estava me encarando. Todos estavam me encarando quando eu e Ter pegamos a nossa comida e sentamos em uma mesa bem afastada de todos. Mas não adiantou.
E o pior? Sabe qual foi? Luke.
Ele tinha que aparecer...
Tinha...
— E aí Stark. — disse ele. Todo o refeitório parou o que estava fazendo para nós encarar. Todos...
— O que você quer? — perguntei com ar de ameaça.
— Nada, princesinha! Se queria confirmar que você está viva. Sabe como é... tá na família fingir que tava morta e depois reaparecer.
Como ele ousa...
— Como você ousa se dirigir a minha pessoa?
— E quem disse que eu não posso?
— Eu. Agora, saia da minha frente e volte a fazer nada no seu canto.
— Como vai o papai, Stark? E o seu guarda costas? Não vi o estranho até agora aqui... Você matou seu melhor amigo, Stark? — perguntava ele. A cada palavra meu sangue borbulhava de tanto ódio.
— Só cale a boca antes que eu me arrependo de fazer o que vou fazer...
— E o que vai fazer? Me bater?
O refeitório todo estava em silêncio. Estavam apreensivos sobre o que eu faria a seguir.
— Por que não iria? — eu disse ameaçando-o. Minha voz era serena e calma, mas por dentro, eu estava gritando de raiva.
Luke arregalou os olhos como se não acreditasse que eu tivesse dito isso. Ele começou a se afastar devagar me encarando assustado.
— Você enlouqueceu, Stark! Enlouqueceu!
De modo que ele se afastava, o resto do refeitório voltava ao normal, ainda apreensivo sobre mim. E acho que agora mais ainda...
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Eu sou uma Stark // Completa!!
FanficOk, vocês não me conhecem. Eu sei que é um pouco precipitado mas... Olá eu sou Tyler Stark e, sim, eu sou filha do famoso Tony Stark! A pesar do cara ser o meu pai, a minha relação com ele é mais como a de dois irmãos que não se suportam. E como s...