Tenho um namorado lerdo.

1.6K 125 4
                                    

Voltei para casa um pó. Eu estava com raiva, exausta e com dor de cabeça.

Todas aquelas pessoas me encarando feio ou fugindo dos corredores quebrado eu passava... arg! Que ódio!

Será que eles realmente achavam que eu machucaria alguém? Ou, ameaçaria alguém além do Luke? Só pode...

Eu não queria saber de nada nesse dia. Deitei na cama depois do almoço. Minha mãe disse para eu tentar relaxar. E o único modo de relaxar era...

— Peter? — eu disse quando ele atendeu o telefone.

— Tyler! Eu to saindo da escola! Se verem que eu tô falando com você... bom, você sabe o que vai acontecer.

— Peter, minha manhã foi horrível. — eu disse ignorando a sua reclamação. — Eles não paravam de me encarar. Só jogavam indiretas, fugiam de mim, até os professores! Os professores, Peter!!

— Calma, calma. É só o primeiro dia...

— Isso por que não é com você! Fácil falar, mas não tão fácil de lidar, querido!

— Ty, não seja dramática! Foi só o primeiro dia! Você vai ver, amanhã não vai mais ser assim...

— Você não entendeu, né? — ele não entendeu.

— Entendi o que? — perguntou ele confuso.

— Eu quero te ver, Pety...

Ele ficou um tempo calado.

— Essa enrolação toda só para me dizer que quer me ver? — perguntou ele como se tivesse um sorriso no rosto.

— É...

— Então temos que trabalhar a sua objetividade. — disse ele rindo. — Onde podemos nos encontrar?

— Sério? Você pode?

— Se for por você, então sim.

Eu abri um sorriso imenso. MEU NAMORADO É MUITO FOFO E LERDO, MAS EU AMO ISSO!

— Que tal no parque? O Central Park...

— Queridinha, eu moro no Queens.

— É... verdade. Então onde?

— Sei lá! Por isso mesmo que eu te perguntei!

— Então vem aqui em casa. — eu disse depois de pensar um pouco.

— Hum... tem certeza?... — perguntou ele um pouco apreensivo.

— Está com medo do meu pai?

— Sim.

— Vai se ferrar Peter. Papai nunca faria mal a você.

— Faria sim.

— Cala a boca. Vou pedir para o Happy ir te buscar, pode ser?

— Eu já disse, se for por você, então sim. Pode ser umas três e meia da tarde? Só para eu avisar Tia May...

— Claro! Eu te amo. — dessa vez quem disse primeiro fui eu.

— Também te amo. Beijos pirralha.

— Pety, você é muito importante, mas só meu...

— Só seu pai te chama de pirralha, tá bom, tá bom... — continuou ele rindo.

— Tchau Pety...

— Tchau Tyler. Beijos.

Então ele desligou. Não estava com nenhuma vontade de me arrumar para esperá-lo.

Não sou nada vaidosa para essas coisas. Por mim, eu estaria de camisão na cama com o cabelo todo solto e enrolado comendo pipoca toda jogada no sofá. E quando Peter chegasse todo fofo e arrumado eu diria, "Fala ae!".

E foi bem isso que eu fiz...

Tirei aquela roupa que já estava me incomodando e fui para o quarto do meu pai.

Não devo ter comentado isso antes, mas quando eu estou muito cansada gosto de colocar uma blusa do meu pai. Desde que sou pequena ele me dizia "A solução pode ser uma boa blusa." e então me entregava uma das suas camisetas do AC-DC ou alguma outra aleatória. Sempre me senti segura nelas.

Abri a gaveta e encontrei uma camiseta qualquer com um desenho desbotado do Homem de Ferro. Ele gostava de aparecer com aquelas blusas do para fazer graça.

Coloquei ela por cima do tope preto que eu usava e coloquei um shortinho curto só para não aparecer a minha calcinha quando eu levantasse as pernas. Mas tirando isso, a blusa estava gigante.

— Ty? — disse Happy quando entrou na sala. Eu estava tacada no sofá quase de ponta cabeça. — Trouxe sua pipoca...

— Colocou chocolate? — perguntei olhando para o pote. Ele apenas assentiu.

Peguei o pote e me enterrei de novo no sofá. Eu apertava os botões da tela holográfica com força. Queria ficar por dentro de tudo o que acontecia nesse mundo minúsculo e inútil. Zoas, pelo que Thor fala, Midgard (Terra) é melhor que os outros nove mundos.

Logo depois Peter chegou invadindo o meu sofá e se deitando ao meu lado. Seus cabelos encostavam meu nariz, já que ele apoiou a cabeça no meu peito.

— O que você tá vendo? — ele perguntou pegando pipoca do meu pote.

— Nada de importante... — eu disse tentando tirar seu cabelo de cima da minha cara.

— Gostei da blusa.

— Hum... é do meu pai. É pra espantar os problemas...

— E quais são seus problemas?

— Como se não fossem óbvios né, Peter... — eu disse sarcástica.

— Tá, não vamos falar nisso.

Ficamos algumas horas conversando sobre a vida dele, sobre meu pai, e teve até uma seção de cócegas!

Ele não queria ir embora, mas eu expulsei ele com carinho. Peter é um amor.

Mas voltando ao assunto, acho que vou ficar meses com um povo no meu pé...

Eu sou uma Stark // Completa!! Onde histórias criam vida. Descubra agora