The True Story

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Corri com Jungkook para separar aquela briga. Segurei James e Hoseok começou a gritar desesperadamente, apontando para ele:

– Eu pedi a sua ajuda! Eu implorei à você para que ajudasse Jungkook e você negou! Seu filho da puta! – ele estava histérico e começando a chamar a atenção de algumas pessoas. Me aproximei dele e afastei Jungkook.

– Hoseok, Hoseok... – fiquei de frente para ele, mas o mesmo continuava gritando para James, o chingando de todos os nomes feios possíveis. Hoseok tinha razão de estar com raiva, mas tínhamos algo maior para nos preocupar. – Hoseok, olhe para mim, por favor. – Ele não ligou. Segurei seu rosto e o inclinei em minha direção. Assim que seus olhos encontraram os meus, ele parou imediatamente de falar o que quer que fosse. – Hoseok, se acalme. Está tudo bem. O que quer que tenha acontecido, já passou. Estamos bem agora, ou quase perto disso, okay? Precisamos lutar com algo bem mais sério. Bryan está a solta sendo possuído por Connor e...

– Quem é Connor? – Jungkook indagou.

– Se você não houvesse fugido, saberia agora – eu o fiz se calar. Também acho que peguei um pouco pesado, mas se Hoseok estava com raiva, por que eu não poderia estar, também? – Vamos para a casa da minha avó. Entrem no carro.

Entramos no meu Jeep com Hoseok no banco do carona, Jungkook e James no banco de trás. Seguimos viagem enquanto eu explicava quem era Connor e porque deveríamos pedir ajuda à minha avó, já que ela era a única pessoa que sabia sobre esse lance dos fantasmas mais do que eu.

Levou mais ou menos uma hora até que chegássemos à casa de Charlotte. O lugar ainda estava nos seus tons de pink e cores alegres; parecia que tudo estava normal. Avistei uma lanchonete e pedi para os três me esperarem, enquanto eu comprava alguma coisa para comermos. Comprei hambúrguer, cheeseburguer, refrigerante e doces. Quando voltei, Jungkook veio me ajudar à pôr as sacolas dentro do carro.

– Não precisa – falei.

– Eu insisto – tranquei o carro. – É o mínimo que eu poderia fazer.

– Não chega nem perto do mínimo.

– Okay, Aimee – ele cruzou os braços. – Eu fugi, me escondi. Eu estava com medo daquele...

– E você acha que eu também não estava com medo? Ora, seu... – minha mão foi de encontro à sua face. O rosto de Jungkook virou-se para o lado com uma extrema velocidade, e quando ele voltou a me encarar, desconcertado, havia um filete de sangue escorrendo pelo canto de sua boca. – Oh, meu Deus – segurei seu rosto. – Eu fiz você sangrar! Oh, me desculpe!

Apesar de tudo, ele riu.

– Você bate em mim com motivos e me pede desculpas? – ele aproveitou nossa proximidade para me abraçar. Agarrei seu pescoço e me deixei inalar seu perfume doce e forte. – Eu estava com saudades.

Me afastei novamente dele e lhe desferi outro tapa. Ele virou o rosto para mim, agora, incrédulo.

– Eu também estava com saudades – me virei para os outros. – Vamos.

A porta não estava trancada. Adentrei com os meninos com um pouco de receio, mas imaginei que devia ser somente minha impressão. A casa estava escura, sem nenhuma lâmpada ou vela acesa, porém, escutei alguns barulhos vindos da cozinha.

– Vovó Charlotte? – os barulhos cessaram. Me aproximei do cômodo vagarosamente, com o coração apertado, batendo contra minha caixa torácica, preocupada se estava tudo bem com minha avó. Quando cheguei à cozinha, tive duas surpresas.

Ghost (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora