Dancing In The Dark

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     Nos afastamos três segundos depois.

     — Ahn... — tentei procurar algo para falar, mas não encontrei nada. — Eu...

     JungKook coçou a nuca.

     — Desculpe — ele disse. — Você me ajudando e eu aqui, te dando beijos. Você deve achar que eu sou um tarado agora. Me perdoe. E... De qualquer jeito, eu não sou um tarado.

     Franzi as sobrancelhas.

     — Eu não pensei dessa forma.

     Ele me encarou.

     — Não?

     — Não.

*

     JungKook ficou estranho comigo pelo resto da noite, ele não apareceu no meu quarto, não quis jantar, e a luz de seu cômodo parecia apagada. Ele parecia dormir.

     Eu estava pensando na entrevista que teria que fazer. Não fazia a mínima ideia do assunto em que eu teria que me basear. Respirei fundo e empurrei aquela pilha de cadernos, fazendo os mesmos caírem no chão. A luz da lua iluminava o chão do meu quarto, e eu me assustei quando escutei batidinhas na porta.

     Me apressei em abri-la, pensando que era JungKook.

     — Jung... James?

     Sem ao menos pedir licença, ele adentrou no meu quarto. James era alto e musculoso, agora usava uma camisa simples com mangas, que marcavam e deixavam visíveis os seus músculos.

     — Então é nesse quartinho que você passa a maior parte do seu tempo — ele avaliou, observando cada canto daquele cômodo. Quem vive comigo, sabe que eu odeio que mexam nas minhas coisas, ou entrem no meu quarto sem a minha permissão. James parecia ainda não entender isso.

     — O que você faz aqui? — eu quis saber, cruzando os braços, para mostrar aquele idiota quem é que manda. Ele virou-se para mim e, ao me ver daquele jeito, sorriu.

     — Você não coloca medo nem em uma barata.

     — O que você veio fazer aqui? — indaguei novamente.

     — Eu vim conhecer o quarto da minha irmãzinha — ele respondeu.

     — Eu não sou sua "irmãzinha". E você não deveria ter vindo, já que você nunca mais pisará aqui.

     — Será?

     — O que quer dizer com isso?

     James segurou minha cintura e me puxou para si, prendendo nossos corpos.

     — Eu quero dizer...

     — O que é isso? Me solte... — tentei me afastar dele, mas seu aperto aumentou em mim e ele segurou meu rosto, apertando com força minhas bochechas contra minha boca.

     — Não somos irmãos de sangue, portanto poderemos... Nos divertirmos um pouco, o que acha?

     — Nem morta. Tire suas mãos de cima de mim — sussurrei.

Ghost (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora