Capítulo 10

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Nick narrando •

Fui para a Sede furioso. Tirei o blazer e fiquei somente com uma camisa social branca. Fui até Susan perguntando:

- Sabes quem bateu na Debbie?

Ela fica assustada, mas recompõe-se.

- Sim, a Kelly disse-nos a bocado que ele chama-se Damon Wills.

- E falando na Kelly, ela está bem?

- Sim, ela somente levou um soco na cara.

- Menos mal. Em que sala está o tal de Damon? - pergunto sério -

- Nick, o que queres fazer?

- Não é da sua conta, Susan. Dá-me o seu ficheiro.

Ela suspira e entrega-me o ficheiro.

- Ele está na sala 3.

Assinto e apanho o elevador até o andar das salas de interrogatórios. Saio do elevador e entro na sala 3. Encontro um cara sentado descontraído com as algemas nas mãos. Subo as mangas da camisa até os cotovelos.

- Damon Wills, já fizeste um pouco de tudo. - digo abrindo o seu ficheiro e lendo - Violação, agressão, fraude... Agora irei ter de juntar cúmplice no tráfico humano e agressão a uma agente federal. - coloco o ficheiro em cima da mesa - Quero saber porquê agrediste a agente Williams.

Ele ri e dá de ombros.

- Eu não sabia que a vadia era uma agente federal. E mesmo que soubesse iria bater nela do mesmo jeito. Ela intrometeu-se aonde não foi chamada.

Rio sarcástico.

- Homens como tu que odeiam mulheres têm quase sempre o mesmo motivo. É a mamã, não é? - ao ouvir isso ele fecha a cara e vejo que toquei no ponto fraco dele - Touché.

Ele encara-me com uma cara nada boa, mas não deixo-me intimidar.

- O quê a mamã te fez? Te abandonou? Te bateu toda a tua infância? Hã? Me fale! - exalto-me -

- Vai te fuder! Eu bati naquela vadia e voltaria a bater novamente! Mas uma coisa tenho que admitir, ela é deliciosa pra caralho.

Rio sarcástico e dou nele um soco bem forte. Ele vira a cara com o impacto e cospe sangue.

- O quê é isso? Não podes me bater! És um agente federal!

- Estás a ver algum distintivo aqui? Isso significa que eu não sou um agente nesse momento e esse soco foi para aprenderes a nunca, mas mesmo nunca, bater numa mulher. Quando quiseres brigar, procure alguém do seu tamanho.

Ele encara-me e sorri.

- E esse aqui - dou mais um soco - é para saberes respeitar uma mulher, seu merda. Esse aqui - mais um soco - é por seres um filho da mãe. E esse aqui - dou um soco tão forte que até senti a minha mão a doer - é simplesmente por prazer de ver a tua cara sangrando pela última vez.

Ele abaixa a cabeça e fica quieto alguns segundos. Quando ele levanta com a boca cheia de sangue, ele fica a rir da minha cara. Rio-me junto a ele e dou um soco na sua barriga e ele arfa de dor.

- É essa dor que a minha parceira está a sentir agora, mas não se preocupe, não irei bater-te mais porque quando chegares na prisão vou ter o maior prazer de dizer aos teus colegas de cela o que fizeste e tu sabes o que eles irão fazer contigo.

A sua cara ficou pálida. Vi desespero em seus olhos, mas ignorei-o por completo.

Sai da sala e ouvi os seus gritos, mas continuei a andar até a casa de banho. Entro e lavo as minhas mãos como se nada tivesse acontecido. Saio do local e troco de roupa visto que a minha camisa branca estava coberta de sangue. Apanhei as minhas chaves do carro e sai em direção ao Hospital ver Debbie.


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