Capítulo 33

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Nick narrando •

- Apontar. Fogo. Apontar. Fogo. Apontar. Fogo.

O hino americano começa a tocar. Depois de terminar, Mike dobra a bandeira americana e entrega à esposa do agente Callen. Ele foi um soldado antes de se tornar um agente federal. Combateu no Afeganistão, Iraque, entre outros. A sua esposa agradece o gesto de Mike limpando as lágrimas. Todos os agentes responsáveis pela missão estão presentes no seu funeral e outros que eram amigos. Estávamos no cemitério aonde enterrámos os soldados. Era ao ar livre e mesmo com o frio que se fazia em Nova Iorque, a relva era bonita de se ver. Olho para Debbie que estava séria. Caminho até a esposa do agente Callen ao lado de Debbie.

- Lamentámos muito a sua perda, Sra. Callen. Não pude conhecer o seu marido, mas pelo o que ouvi, ele era um grande homem. - diz a minha esposa -

- Obrigada. Realmente Eric foi um ótimo homem e pai.

Só ali que apercebemos da filha de Eric quieta no seu local. Debbie abaixa-se ficando na mesma altura que a menina e diz em seguida:

- Olá, querida. Como te chamas?

- Nell. - diz tímida -

- Eu sou a Debbie. Quantos anos tens?

- 6.

- Eu tenho dois filhos com 5 anos. Ele são bem espertos como tu. Sabes Nell, o teu pai foi um homem maravilhoso. Graças à ele é que consegui encontrar o pai dos meus filhos.

- A sério?

- Sim. Eu quero que te recordas sempre do homem que o teu pai foi. Deves ter sempre muito orgulho dele. Prometes isso para tia Debbie?

- Prometo.

Debbie abraça-a e vejo a mãe de Nell a limpar novamente as lágrimas. Debbie levanta-se e olha para as duas sorrindo. Despedimos de ambas e fomos em direção à Mike. Encontrámos-o a falar com uma pessoa e esperámos que ele terminasse de falar para irmos ter com ele.

- Mike, temos um comunicado a te fazer. - fala Debbie séria o que faz com que Mike fique também - Já faz bastante tempo que venho a pensar nisso. Sei que o momento não é apropriado, mas este assunto não posso deixar de lado.

- O que foi, Debbie?

Debbie entrega à Mike um envelope onde pede ao mesmo que o abra. À medida em que lia, a testa de Mike ia franzindo.

- Vocês vão sair do FBI?

- Vamos. Com tudo o que aconteceu, reforçou ainda mais a minha decisão. A nossa profissão é bastante perigosa, Mike e não podemos arriscar as nossas vidas sabendo que duas mais estão dependendo de nós. Isso está a doer-me muito, mas é pelo bem dos nossos filhos.

- Nick, concordas com isto tudo? Sair assim do FBI?

- Sim, Mike. De início não quis apoiar Debbie, mas depois de termos uma boa conversa, fez-me aperceber que a vida é muito curta. Não fazes ideia de como senti medo naqueles meses todos. Senti medo de morrer sem saber se iria ou não ver Andy e Anna novamente. Não existe dor pior da qual estava a sentir. Não posso arriscar-me mais desse jeito. Pelo bem dos meus filhos, não posso.

- Vocês têm certeza?

- Infelizmente temos, Mike. - fala Debbie -

Ele assente e despedimo-nos dele indo em direção ao nosso apartamento. Nesse momento, os meninos estavam na escola o que fazia com que a casa ficasse bem silenciosa.

- Será que tomámos uma boa decisão, Debbie?

- Pelo bem de Anna e Andy, tomámos sim. Mas para nós, acho que não.


(...)


Algumas semanas se passaram e com elas, a melhoria dos meus hematomas e do meu braço quebrado. Ainda não me recuperei totalmente, mas está muito melhor do que antes. Estávamos todos reunidos no nosso apartamento a comemorar a mais nova notícia: Sophia e Mike iriam se casar.

Depois de alguns anos juntos, já estava mais do que na hora. Soube através de Mike, que Kelly recebeu uma proposta de trabalho em uma empresa privada e ela aceitou. Iria trabalhar como segurança particular. Já Derek continua o mesmo, a trabalhar pelo FBI, mas estava em uma missão que podia demorar algum tempo.

- Estava quase a me esquecer. Debbie e Nick tenho uma proposta a vos fazer.

- Mike, já falámos sobre isso. Não vamos voltar para o FBI.

- Eu não posso perder dois dos meus melhores agentes. Isto está fora de cogitação.

- Mike, não torna as coisas mais difíceis do que já estão. Por favor.

- Debbie, deixa-me terminar de falar.

A mesma suspira concordando.

- Bom, já faz algum tempo que eu venho a pensar nisso. Nick, queres ocupar o meu antigo cargo?

Encaro Mike surpreso.

- E tu Debbie, aceitas dar aulas aos novos agentes do FBI?

Debbie volta-se para mim também surpresa.

- Em relação ao Nick já faz muito tempo que queria dar-lhe o meu antigo cargo, mas já a Debbie eu tinha de arranjar uma maneira de a manter no FBI. E no caso de Nick, ele não vai precisar de se inflitrar numa missão como da última vez. Vai apenas comandá-la ao meu lado como eu fazia com o teu pai, Debbie. Então, aceitam a minha proposta?

Debbie sorri nervosa para Mike e depois vira para mim. Sorrio também feliz.

- Então, pessoal? Eu quero saber da vossa resposta.

Olho para Debbie mais uma vez. Nós nunca quisemos sair do FBI. Apenas estávamos a proteger a nossa família. Debbie sorri para mim assentindo. Mike sorri também dizendo:

- Acredito que este sorriso seja um sim. Finalmente vão voltar para onde nunca deveriam ter saído. Bem-vindos de volta ao FBI. Para nossa família.


04.01.18
RdeF

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