Capítulo 2

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Debbie narrando •

Mais um dia de trabalho. Levantei da cama, tomei um banho, comi e sai em direção à Sede. Já faz um mês que não vejo Nick. Ele recuperou bem fisicamente segundo Mike. Chegando na Sede fui em direção a minha sala e entrando na mesma, sinto a mesma dor que sinto todos os dias sempre que vinha trabalhar sem Nick. Começo a fazer uns relatórios que tinha que entregar ao meu pai até final do dia.

Sai da sala para ir fotocopiar alguns papéis e entregar os relatórios e sem querer bati em alguém e esta rapidamente pegou-me para não cair. Ao ver o par de olhos castanhos que eu estava tão acostumada em ver, senti o meu coração a bater aceleradamente. Fico a encará-lo com uma expressão indecifrável. Ambos reparámos na posição que estávamos e separámo-nos do nosso "pequeno" abraço. Abaixo para apanhar os papéis que caíram para não ter de olhá-lo. Levanto e pergunto:

- Como está, Nick?

- Bem.

- Bom saber.

Ficamos a encarar-nos como se nunca tínhamos visto um ao outro nas nossas vidas.

- Tenho de ir. - diz quebrando o nosso olhar -

Assinto e saio sem dizer mais nada e vejo ele a caminhar até o elevador. Vou rapidamente para a casa de banho feminino e ao entrar sinto uma vontade enorme de chorar. Queria tanto tocá-lo, beijá-lo, senti-lo. Encosto-me na pia e lavo o rosto. Vou ter paciência e força. Saio do local mais calma e vou até a sala do meu pai batendo na porta. Ouço um entre e assim o faço.

- Debbie.

- Vim trazer os relatórios. - digo colocando os mesmos sob a mesa -

- Ótimo. Sabes que o Johnson esteve aqui?

- Sim, acabámos de nos encontrar no corredor. - digo tentando não dar importância a o que eu falei -

- Eu conheço essa cara. O que foi?

- Não quero falar sobre isso aqui, pai e nem em outro lugar. Com a sua licença. - digo saindo da sala -

Vou até a minha sala e apanho o meu telemóvel marcando uma sessão com o psicólogo do FBI. Ninguém sabe que eu vou no psicólogo depois de ter feito a avaliação psicológica que me foi obrigada a fazer para voltar a trabalhar. Depois de ser autorizada em vir trabalhar, continuei a encontrar-me com o psicólogo. Marco uma sessão para amanhã de manhã.



(...)


A sessão estava marcada às 8:00 então levantei-me bem cedo e às 7:50 cheguei no consultório. Dei um bom dia para a recepcionista e ela encaminhou-me até a sala do psicólogo. A recepcionista bate na porta e entra, depois chama-me para entrar. Entro e fecho a porta em seguida e caminho até o sofá que ficava a frente da cadeira em que o psicólogo estava sentado.

- Bom dia agente Williams, o que a traz por cá?

- Bom dia Sr. Reese, é que eu queria muito falar consigo. - digo nervosamente -

- Bom, antes disso precisas de te relaxar, vamos lá. Encoste-se no sofá e inspire e depois expire umas três vezes.

Assim o faço e quando acabo, me vejo mais calma.

- Melhor? - pergunta -

- Muito melhor.

- Então podes começar a falar.

- Provavelmente te lembras do sujeito que te disse que perdeu a memória e não se lembra de mim, certo? - ele assente - O vi ontem depois de quase dois meses sem vê-lo.

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