7.0 Sara

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— Merda! - mordo meu lábio inferior na tentativa de abafar meu gemido enquanto, muito timidamente, pressiono meu clitóris.

Foram raras as vezes em que eu me masturbei. Morando numa casa com três caras as coisas ficam um pouco... complicadas.

Mas eu nunca, nunca na minha vida tinha me sentido da forma que esse maldito cowboy - que eu apenas vi duas vezes - me faz sentir e isso me deixa com os nervos à flor da pele. Então, por favor, me entendam quando eu fico loucamente surpresa com a maneira que meu corpo responde quando penso nele.

Agora, por exemplo, não consegui evitar acabar com esse calor absurdo que eu nunca senti antes e que, com uma única olhada nesse homem, me fez querer subir pelas paredes.

Eu consegui impedir essa situação ontem depois que nos vimos pela primeira vez. Bebi tanto que só foi o tempo deu tirar os sapatos e desmaiar na cama. Mas hoje, nem todas as doses de uísque que eu bebi foram suficientes pra me dar esse conforto. E o que me restou foi chegar a esse ponto.

Deixo escapar um gemido mais alto quando insiro dois dedos na minha boceta e faço movimentos lentos de entrada e saída. O som molhado se mistura aos meus suspiros ofegantes enquanto massageio um dos meus seios e imagino que são aquelas mãos grandes, brutas e morenas sobre a minha pele, provavelmente ásperas e calejadas do trabalho no campo, tirando esse prazer maravilhoso de mim.

Eu imagino o corpo enorme, robusto e sarado com músculos grandes e proeminentes, suado e tenso enquanto ele se esforça em cima de mim, me guiando na busca desse alívio delicioso que eu tanto preciso.

Logan.

Descobrir o nome do desgraçado foi a gota d'água. Agora não consigo mais evitar essa situação.

Somente pensar nesse nome maldito saindo suplicante dos meus lábios num momento de paixão já é o suficiente pra que eu comece a sentir essa energia quente descendo pelo meu ventre, esse formigamento gostoso tomando todo o meu corpo. Penso nos olhos negros e intensos, no cheiro abrasador dele, no calor do seu corpo próximo ao meu e na voz rouca e autoritária...

Com um último resquício de sanidade, eu me nego a dizer o nome dele em voz alta e mordo a fronha do travesseiro enquanto o orgasmo mais poderoso da minha vida assola meu corpo, arruinando minha lucidez.

[...]

Eram seis horas da manhã do dia seguinte quando Declan resolveu começar o seu plano de acabar com o meu dia.

— Nem queria comentar nada não, mas alguém aqui gemeu a noite inteira... - ele fala despreocupadamente com a boca cheia de torrada.

Eu tusso, desobstruindo minha garganta, quase sufocando.

— Quem? - Dylan pergunta desinteressado achando que provavelmente é só mais uma piada do seu irmão.

Frank nem sequer olha pra cima, aparentemente absorto no jornal em suas mãos.

Declan olha para os meninos como se fossem idiotas:

— Como assim "quem"? A Sara, vocês não ouviram?

Na mesma hora, os dois chicoteiam suas cabeças rapidamente na minha direção.

— Gemendo? - Frank e Dylan perguntam ao mesmo tempo, num sussurro assustado, enquanto Declan começa uma risada estranha ao meu lado.

— Não estava não. - minto na cara de pau.

— Estava sim. - Declan contrapõem feito uma criança birrenta.

Reviro meus olhos.

— E daí se eu estava?

Dylan arregala os olhos enquanto me encara assustado e bate nas costas do Frank que é quem quase engasga dessa vez, suas bochechas coradas de embaraço.

Meu Caos Nos Seus Olhos - Livro DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora