Sinto uma enorme dor no peito ao ver Liam no chão. Eu nunca esperei gostar tanto de alguém como sinto que gosto dele. Não que eu o ame tanto ao ponto de casar amanhã mesmo. Mas é como se ele fosse da família para mim, então eu acho que isso é amor. Não é? A verdade é que eu não sei o que é amar alguém sem ser da minha enorme família e amigos. É tão complicado. Ainda mais depois que ele disse que sente algo por mim também. No caso, sentia. Vai ser estranho esbarrar com ele pela escola e ele não dar uma olhadinha se quer para mim. Passo a mão delicadamente por seus cabelos, e então estalo os dedos, fazendo com que ele suma da minha frente. Dou um sorriso ao lembrar que quando ele acordar, estará com menos problemas. Espero que ele tenha uma vida boa. Não será tranqüila, porque vida de lobisomens adolescentes não são nem um pouco. Mas nada que festas não resolvam. Inclusive é disso que eu preciso, antes que tome alguma decisão séria para a minha vida. Pego meu celular para ver se encontro alguma festa, e então vejo várias postagens sobre uma festa em um salão que aparenta ser aqui perto. Baile de máscaras. Mas onde que encontrarei uma em pouco tempo? Levanto do chão respirando fundo, tentando me animar com a ideia de uma pequena distração.
O lugar está bem cheio. Muitos adolescentes dançam já bêbados na fila. É o que eu preciso. Ficar bêbada. E logo. Ignoro a fila e vou até a mulher que está recolhendo os ingressos. Alguns adolescentes reclamam, mas eu ignoro. A recepcionista me olha de cara feia.
-Está vendo a fila não? -ela diz rispidamente. Tiro a máscara que encontrei uma loja de fantasias no shopping e então olho em seus olhos. Coajo-a, e ela me deixa entrar.
-Bom trabalho, querida. -digo entrando.
Já perdi as contas de quantas doses de vodka e tequila já bebi. Foram muitas. Mas só agora consigo sentir o efeito do álcool fazer efeito. É horrível essa coisa de lobisomem não conseguir ficar bêbado, e como eu sou híbrida, faz com que eu fique bêbada com mais dificuldade. Queria ser como os adolescentes normais. Apenas 5 doses, e já estar tropeçando por aí. Sem problemas com seres sobrenaturais. Não precisar ficar bebendo sangue de vez enquando. Quer dizer. Eu reclamo da minha vida. Mas eu também gosto dela. Gosto da adrenalina que ela me propicia. Faz eu me sentir viva. É. Eu acho que estou bêbada. Nada que eu penso faz sentido. Sinto alguém tocar meu ombro, e quando me viro, vejo um garoto bem bonito sorrindo para mim. Ele não está usando máscara, diferentemente do resto dos jovens. Ele me lança um sorriso.
-Oi. -ele diz.
-Achei que tinha que vir de máscara. -respondo passando a mão pelo cabelo.
-Já usamos máscaras todos os dias. Por que usar em uma festa também?
-Eu não uso máscaras. Sempre fico de cara limpa. -digo dançando. Ele ri.
-Tem certeza?
-Tenho. Posso até tentar, mas não consigo não mostrar a minha essência.
-E qual é?
-Bom. Sou uma pessoa bem legal, bonita, inteligente e divertida.
-Esqueceu do modesta. -rimos.
-E você? Qual é a máscara que está usando hoje?
-Menino confiante que dá em cima da garota mais bonita da festa.
-E como você sabe que eu sou bonita? Estou usando uma máscara.
-Você disse. E já confio em você.
-Não devia confiar em mim.
-Nem você em mim.
-Quem disse que eu confio?- ele ri.
-Vem comigo. Quero ver seu rosto. -ele diz segurando minha mão e me tirando da multidão. Pego um copo da mão de uma menina e viro. Ela faz cara feia, mas eu não ligo. Vamos para uma parte bem escura da boate, e vejo que não tem ninguém. Vejo uma porta, e então entramos em uma espécie de sala. Vejo uma mesa no centro e uma prateleira. Talvez seja o setor administrativo. Ele me pressiona contra a parece e dá um beijo em meu pescoço. -Será que eu posso? -ele pergunta se referindo á máscara.
-Você pode fazer o que quiser. -então ele tira minha máscara, e quando seus lábios tocam os meus, sinto seu corpo ser afastado bruscamente do meu. Quando abro os olhos, vejo que está tudo escuro, e então ouço a porta ser trancada. -Hey! -digo seriamente.
-"Você pode fazer o que quiser", que coisa mais idiota. -ouço a voz de uma mulher ecoar na escuridão.
-Idiota é você. Se você acender a luz, terei o prazer de acabar com você.
-Desculpe. Não pude conter o suspense. -e então a luz é acesa, e a imagem de uma mulher ruiva surge. Ela aparenta ter uns 28 anos, e é bem bonita. Meus olhos percorrem o local, e então vejo o menino caído no chão. -Perdo-e me. Não queria que ele assistisse tudo o que vai acontecer.
-Posso saber o nome da vadia que eu irei matar? -ela ri.
-É Joeselin. Mas lamento informar que quem irá morrer aqui é você.
-Não sei se você sabe, mas eu sou imortal. Eu não morro.
-Isso é o que todos achavam. Mas agora as bruxas descobriram um jeito de matar vocês. Você e a sua família morrerão.
-Eu duvido. Você não sabe o que eu sou capaz de fazer. -digo pegando uma faca que sempre deixo em minha coxa, que com apenas um corte, deixa qualquer ser sobrenatural sem usar seus poderes por uma hora.
-Pode vir então, pirralha.
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Hello, amores. Espero que tem gostado do capítulo. Não deixem de comentarem!
XOXO
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Secrets Behind Of Full Moon 3 -O Final(Concluído)
WerewolfHope Mikaelson, filha de Klaus Mikaelson, vai para Beacon Hills para ficar segura, mas mal sabe que um novo caos a aguarda. #55 em lobisomem (24/06/2017)