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Liam on

   Acordo com uma enorme dor de cabeça, e quando abro os olhos, a luz que invade meu quarto faz meus olhos arderem. Pisco fortemente, e então minha visão começa voltar ao normal. Sento-me em minha cama, e ao ficar de frente para meu quadro de tarefas, vejo uma foto de uma menina presa nele. Uma bela menina. Mas quem é ela? Minha cabeça começa a doer mais, então ignoro. Levanto e pego meu celular na escrivaninha. Vejo que são 8:00, e eu estou completamente atrasado. Com essa dor de cabeça não vou conseguir fazer nada, então melhor ficar em casa. Mando uma mensagem para minha mãe avisando que faltarei hoje, e então vou para o banheiro tomar banho. Tiro a roupa e então abro o chuveiro. A água quente entra em contato com meu corpo, fazendo-me relaxar. Acabo e então vou para o quarto. Sento na cama apenas com a toalha enrolada em minha cintura e respiro fundo. Parece que estou de ressaca, mas não posso ficar bêbado. Tento me lembrar de ontem, mas não consigo. Só faz minha cabeça doer mais ainda. Ouço passos, e então levanto da cama. Minha mãe e meu padrasto deveriam estar trabalhando. Será que um deles faltou? Mas minha dúvida logo desaparece, quando vejo uma mulher loira de cabelo curto avaliando meu quarto.

-Quem é você? -pergunto.

-Eu que devo perguntar, né? Você que me chamou. -ela diz. Tento me lembrar dela, mas não consigo. Sua aparência magricela, pele clara e seu cabelo me fazem lembrar alguém, mas não me lembro quem. Minha cabeça dói mais. Sinto que meu corpo vai ceder, então me apoio na cama.

-Você está bem? -ela diz se aproximando. Ela segura meu braço, me impedindo de cair. Ela fica surpresa quando olha para o quadro. Logo depois seu olhar se torna assustado. -Ah meu Deus, o que aconteceu com a Hope? -ao ouvir o nome Hope, sinto meu corpo ferver, então tudo fica preto.
     Acordo com uma dor insuportável, e então grito. Vejo que estou deitado e a mulher está segurando minha mão dizendo umas coisas estranhas. Tiro a mão dela de mim, e sento.

-Preciso fazer isso para você se lembrar. -ela diz.

-Lembrar de que? -digo botando a mão na cabeça.

-Eu sou Freya Mikaelson, tia uma menina que você conhece. É o que você precisa saber por enquanto. Prometo que quando isso acabar você vai lembrar de tudo, e vai me agradecer por isso.

-Por que devo acreditar em você?
-Porque você escreveu atrás daquela foto "Essa é Hope Mikaelson. Lembre-se.".

-Tá. Você é o que?

-Um bruxa. Agora anda logo. -não sei porque, mas sinto que devo mesmo confiar nela. Dou minha mão para ela, e quando ela volta a falar, grito.

      Depois de mais ou menos uma hora de tortura, tudo fica claro em minha mente. Lembro-me da menina da foto do quadro. Lembro do dia em que a conheci. Das nossas brigas e momentos de conforto. E o mais importante de tudo: de que ela precisa de minha ajuda nesse momento, e que sua tia deve me ajudar.

-Desembucha. -Freya diz sentando ao meu lado na cama.

-Hope precisa da nossa ajuda. E antes que seja tarde demais. -digo.

Hope on

     Acordo e sinto um grande desconforto em minha mão. Quando vejo, percebo que a minha faca está cravada nela e sangue escorre. Me colocaram sentada em uma cadeira de madeira com dois apoios de braço. Um braço colabora para a faca ficar cravada em minha mão, e o outro está preso á minha mão com uma corrente que faz bruxas ficarem sem seus poderes. Essas vadias são mesmo espertas. Tento mexer meus pés, mas estão amarrados. Não vai ser muito fácil sair daqui, mas é possível. Só eu me transformar em lobisomem. Minha mão vai doer pra caramba? Vai. Mas é preciso. Paro para avaliar o local e me sinto uma idiota por não ter percebido onde estou antes. Estou em Nova Orleans. No cemitério das bruxas. Conheço esse lugar tanto quanto a minha casa. Desde pequena meu tio Kol me trás aqui para aprender os diversos feitiços que existem. Vai ser mole. Me concentro para me transformar, mas nada acontece. Não sinto nem a onda de calor que sempre percorre meu corpo ao me transformar.

-Merda!- xingo baixo.

-Achou que ia ser tão fácil assim? -ouço a voz da mesma mulher que me pegou na boate. A desgraçada conseguiu me dopar com wolfsbane. Ela aparece na minha frente, e seu corpo com alguns hematomas de nossa briga me fazem sorrir. -Tá rindo de que? Você foi derrotada. Você e sua família. Quer dizer, ainda não foram. Mas, você fará isso acontecer.

-A única coisa que eu vou fazer é arrancar a sua cabeça e dar para os lobos brincarem de futebol.

-Pode ficar fazendo ameaças, porque é a única coisa que você pode fazer. Vou te contar o que está acontecendo aqui em Nova Orleans e em Beacon Hills. -Liam. -Ué? Achou mesmo que não saberíamos tudo da sua vida antes de te trazer pra cá? Que não sabíamos do seu "namoradinho" ? Me poupe.

-Se você encostar um dedo dele, eu quebro a sua cara.

-Para de se fazer de valente. Para provar que eu sou boazinha, posso fazer uma proposta. Se você fizer tudo o que eu pedir sem resistir, talvez eu não faça nada com ele. Mas se você ficar de palhaçada, ele vai passar dessa pra melhor. Há uma profecia, que diz que a sua família morrerá. Que um objeto pode matar um original, mas ele deve ser feito por um ser bem poderoso e ligado á família. Não íamos usar você, ia ser a sua tia Freya, mas achamos mais interessante te usar. Bom, já temos o material. E acho que você vai gostar de saber que é um brinquedinho seu. -ela pega um objeto no bolso, que logo reconheço. Um cavalinho de carvalho branco que meu pai me deu quando eu era bebê. Era meu brinquedo favorito. -A tarefa é fácil. Você precisa transformar isso em balas. Fiz pesquisas com pessoas do ramo, e sei que essa quantidade dá para fazer 6 balas. Então as faça.

-Não sei se te contaram, mas não sou dessa praia.

-Se ficar de deboche, faço o Liam aparecer em dez segundos. Quer experimentar? -bufo. Vai ser mais difícil do que eu imaginei.

Secrets Behind Of Full Moon 3 -O Final(Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora