O vento soprava e se fazia imaterial em meu rosto, trazendo consigo cheiro de fumaça e pinheiro, em nada diassonantes com o céu azul e infindável. Fecho os olhos, aumentando o volume da melodia no rádio e desejando que o túnel mais à frente simplesmente desaparecesse — impossível. Encaro, então, as luzes amarelas monótonas e de formas disformes sem compreender sua existência. O final do grande tubo cimentando está à frente, o céu azul me chamando como um farol, e pisco para as lanternas e o cheiro tóxico de combustível queimado. E acelero.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Ana Inconsequente
RandomUm conto, uma crônica curtinha ou um poema feito com palavras inconsequentes, muito amor e atualizações constantes. As fotos do início dos capítulos são de minha autoria ❤️ (Não deixe de conferir Ana Aleatória, que concorre ao #TheWattys2016) Feed...