Ela estalou os dedos, escondendo as mãos nos bolsos e olhando ansiosamente para o relógio sem registrar que horas eram. Tic. Tac. Através da janela, o dia parecia imóvel, prosaico, e ela fecha os olhos com força, sentindo um turbilhão dentro de si. Seus batimentos cardíacos latejam na base do pescoço, retumbantes.
Ela começa a balança os pés, ansiosa, franzindo a testa para o relógio. Tic. Tac. Tic. Tic. Os dedos formigam, descoordenados, sobre a tela do celular.
Tic. Tic. Tic.
Um último olhar desesperado é lançado à janela, como se esperasse por ajuda. Ou alguém que a impedisse.
Ela desbloqueia a tela de uma só vez, como que arranca um curativo, sem parar para admirar a foto já gravada em sua memória.
"Oi".
Enviar mensagem.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Ana Inconsequente
AcakUm conto, uma crônica curtinha ou um poema feito com palavras inconsequentes, muito amor e atualizações constantes. As fotos do início dos capítulos são de minha autoria ❤️ (Não deixe de conferir Ana Aleatória, que concorre ao #TheWattys2016) Feed...