Retorno

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O crepúsculo vai sorrateiro e discreto. Por trás de pesadas nuvens metamorfas e plúmbeas, tal como recatada nadadora no vestiário após sair de seu batismo diário nas águas cloradas, vai. E o dia escurece sem delongas, cinza azulado e amarelo pálido, e a penumbra invade a claridão do ar e das almas.
O ronco rítimico do motor é o único som na estabilidade do silêncio. A escuridão do interior de suas pálpebras dança com a escuridão do céu, e ela vê a primeira torre iluminada. Ninguém nunca disse que retornos eram fáceis.

Ana InconsequenteOnde histórias criam vida. Descubra agora