Seis da da tarde. Há uma máquina fotográfica sobre a mesa amarela da cozinha, imersa na penumbra. Puxa uma cadeira e minha voz falha ao tentar ensaiar algumas palavras. Ao mesmo tempo em que aprecio interpretações, tenho um certo desdém pela minha ânsia ridícula por palavras. Quantos significados podem ser atribuídos a uma mesma frase? Fascino-me em desvendá-los, prazerosa e secretamente humana. Perco-me em suas reentrâncias e observo a penumbra — que era mera réstia do pôr do sol — dar lugar às estrelas.

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Ana Inconsequente
De TodoUm conto, uma crônica curtinha ou um poema feito com palavras inconsequentes, muito amor e atualizações constantes. As fotos do início dos capítulos são de minha autoria ❤️ (Não deixe de conferir Ana Aleatória, que concorre ao #TheWattys2016) Feed...