Matilde Rodrigues
- Não! - Saltei do sofá. - Que puta de sorte! - Voltei a sentar-me, encarando o André ao meu lado.
O jogo finalmente acabou.
Por momentos pensei que o Rio Ave nos ia atrasar o título. Mais três pontos, apenas dois para nos sagrarmos tetra, o que me deixava animada.
Tudo dependia do jogo contra o Guimarães. Caso tivéssemos a vitória, a ida ao marquês era certa.
Havia perguntado sobre as últimas notícias a seu respeito e sobre o motivo de não jogar. Falava-se em agentes, era um tanto confuso. Não adiantou muito mais do que se dizia.
Mencionou apenas que estava a tratar de se resolver com os agentes, para que a próxima época fosse diferente. Acabei por mudar de assunto.
Comentávamos agora o jogo e a história que o Benfica podia fazer. Era a nossa primeira vez.
Apesar de pouco ter contribuído para a equipa, continuava a viver cada jogo da sua forma. Com tanta paixão e amor ao clube onde está. Estava ansioso para os próximos noventa minutos de jogo, tal como também me sentia
Por mais que quisesse mudar o assunto, a ansiedade de ambos naquele momento trazia-nos de volta ao mesmo e assim por longos minutos.
- Podíamos ir comer alguma coisa. - O André olhou para mim.
- Tipo o quê?
- Hum... - Virei o telemóvel para ele, com uma foto. - Fiquei com vontade de comer por causa deles!
- Isso é no Barreiro, não é? - Confirmei e o André aceitou ir.
Peguei na mala, desligando a televisão, enquanto ele se calçava. Enquanto isso, aproveitei para implicar com ele e dizer que era mau condutor.
Claro que o André apenas se ria, pois já não se importava com a minha perna, o que estragou a diversão.
Matilde Rodrigues{An easy way to make someone fall in love with you 😍}
♥ 495
- Indiretas? - Levantei a cabeça do meu telemóvel, encarando o André. - Estou a gostar, muito bem.
Revirei-lhe os olhos.
Acabei por sorrir e por lhe avisar que tinha chocolate junto a queixo. O rapaz ficou meio atrapalhado, o que me levou a rir que nem perdida.
Pegou no telemóvel, tentando tirar-me uma foto a comer. Cobri o rosto, pois se havia algo que não gostava, era comer á frente das pessoas, quanto mais deixar que me tirasse fotos.
- Não queres ficar comigo? - Encarei o rapaz que conduzia. - Até parece que é a primeira vez Matilde.
- Agora os meus pais estão cá...
- E dai? Podes dizer que ficaste em casa da Carolina e ficar comigo.
Ponderei o que me estava a pedir. Esta semana tivemos juntos todos os dias, às vezes vinte minutos, outras vezes horas e horas seguidas.
Por mais que gostasse da companhia do André, começava a criar uma rotina e isso só podia dar porcaria.
- Qual é o problema?
- Nenhum. - Sorri-lhe, pegando no meu telemóvel. - Vou informar a Carolina da suposta noitada.
Enviei a mensagem para a Carolina, avisando depois os meus pais. O André mostrou-se satisfeito com o facto de ter aceite passar a noite com ele.
A Carolina ainda me provocou através das mensagens, pois sabia o porquê de lhe ter pedido o favor.
Acabei por me rir e por dar mais asas à sua imaginação sobre nós.
Entretanto, recebi uma notificação do Ederson no instagram. Fiquei a olhar e a reler o comentário.
Comentei com o André.
- Esse Ederson só sabe provocar. - Ouvi o André a resmungar.
@ederson93: Estou entendendo essa indireta. @pizzi21 quem diria né 😈🔞
@matildesofia: @ederson93 Nem te digo nada 👀🙄😅- Já estou a imaginar o próximo treino com os rapazes. - Murmurou, visto que vigiava os comentários. - Até dizia algo ao redes, mas não convém.
- Sim... Era muito óbvio. - Concordou, puxando-me para perto dele. - Não vais virar santa comigo, pois não?
Soltei uma breve risada.
Murmurei que não, deixando que me agarrasse. Estávamos sentados no sofá a ver um filme qualquer.
(...)
As festas aqui da zona vão começar e nestas alturas a Diana desaparece das redes sociais.
E escrever então... Nada 🙄😇
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TRUST ➛ ANDRÉ HORTA
FanfictionOnde Matilde Rodrigues quase é atropelada pelo número 8 do Benfica