— Já escolheu o filme que vamos assistir, Dinah?— Estou indecisa. — A polinésia disse, se juntando a Normani que estava sentada no chão da sala, no meio de um mar de almofadas e cobertores.
Elas tinham acabado de pedir comida japonesa e estavam esperando a entrega. Iriam comer enquanto assistiam a um filme.
— Qual é o seu filme favorito? — O tom de Dinah era questionador.
— Um amor para recordar.
— Oh céus, é o meu também...
— Eu sei, foi você quem me recomendou. — Normani comentou. — É um filme incrível...
— Eu penso o mesmo, Mani.
— Se tornou o meu favorito, pelo simples fato do filme mostrar como o amor é capaz de transformar e agir nas nossas vidas, causando verdadeiros milagres em quem somos.
— Meu Deus, como eu te…
Dinah parou de falar. Ficou em silêncio por um instante e tossiu, limpando a garganta.
— Srta. Hamilton, tudo está conforme as suas ordens. Ainda vai precisar dos meus serviços? — A governanta indagou, parada na cozinha.
— Não Honey, pode ir para casa e curtir o resto do sábado.
— Obrigada.
Uma hora se passou e um filme de comédia romântica era exibido na enorme TV de plasma.
As cortinas estavam fechadas e os móveis refletiam o tom azulado da TV. A mesa retangular de vidro e o chão, estavam com copos cheios de vinho e comida japonesa.Dinah massageava lentamente os cabelos da noiva. Normani adorava aquilo, era uma maneira ideal e gostosa de se adormecer.
— Mani? — A loira chamou baixinho, recebendo o silêncio em resposta. Normani estava cochilando em seu colo.
Um sorriso apareceu de seus lábios perfeitamente desenhados, e sua atenção se concentrou na mulher dormindo.
Não conseguiu desviar os olhos dela, estava tão adorável.— Como eu não enxerguei esse tempo todo? — Dinah ainda passava suas mãos pelos cabelos escuros da noiva. — Você sempre esteve ao meu lado e eu sou muito grata por isso.
Dinah se aproximou do rosto dela, depositando um beijo casto em sua bochecha. Um ato gentil, que fez Normani se mexer, sem despertar.
Um toque indicava que uma mensagem havia chegado no celular da loira. Ela se inclinou cautelosamente, para pegar o aparelho em cima do sofá e notou que a mensagem era do seu ex. Ficou encarando a tela por longos segundos, até responder:
* Pode ser na Segunda. Me mande o endereço para que possamos nos encontrar. *
Dinah olhou novamente para a noiva, que continuava dormindo e balançou a cabeça. Ela precisava desse encontro, talvez para buscar resposta à uma pergunta que martelava em sua mente a tempos.
A loira encostou sua cabeça com a de Normani e adormeceu juntamente com ela na sala.O final de semana passou voando, logo a Segunda-feira chegou com uma cara revigorante e ensolarada.
Normani havia acordado primeiro que Dinah, se arrumou apressadamente e tomou o café da manhã que foi organizado por Honey.No domingo a tarde, seu chefe havia solicitado por mensagem, que a texana suprisse sua ausência, logo pela manhã da Segunda.
Normani partiu para o estúdio, sem perder muito tempo com o café.Já para Dinah o dia amanheceu preguiçoso, depois de três horas da saída de Normani, enfim ela decidiu se levantar para tomar o café da manhã. Antes disso, mandou uma mensagem para seu ex, confirmando o local.
Dinah adentrou no café que havia combinado com Nela, logo um frio na barriga lhe deixou ainda mais nervosa.
Era uma cafeteria com certo charme atípico e para seu alívio, ficava perto do apartamento. Ainda sim, a loira tinha levado um caderninho, anotando alguns lugares que passou. Não se sentia segura em sair sozinha, poderia se perder.
Ela pediu um cappuccino gelado e um brownie de chocolate, que foi servido rapidamente.Passaram-se alguns minutos da espera torturante e sem intenção consciente, sua mão começou a fazer alguns rabiscos numa folha limpa. As linhas rudimentares estavam lá antes que ela soubesse o que estava fazendo, logo seu desenho ganhou uma forma visível. Ela estava desenhando Normani.
Um movimento ao lado, tirou sua atenção do esboço, e então ela fechou seu caderno com destreza, fixando seus olhos no rapaz parado.
Pôde observar bem seu semblante.— Oi, Dinah. — Ele se inclinou para tocar a bochecha da loira.
— Olá, Nela... Pode sentar. — Ela apontou para o lugar vazio. Ele o fez.
— Ual... Você está linda.
— Obrigada. — A polinésia notou o que vestia. Estava usando um vestido leve e saltos da mesma cor. Seu rosto começou a queimar, logo ela escondeu uma mexa de cabelo atrás da orelha. — Eu realmente preciso conversar com você.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Remember me | Norminah
أدب الهواةComo recomeçar quando tudo, teoricamente, está perdido? As inquietações e incertezas fazem parte da vida de Dinah Jane, uma mulher encantadora perdida em si mesma e no mundo de pessoas que faziam parte de sua rotina, mas agora soam-lhe totalmente a...