As duas entraram na casa e encostaram na porta de madeira. Elas começaram a se secar com as roupas que estavam nas mãos, antes que molhassem a casa toda.
Normani soltou uma gargalhada breve, lembrando da situação anterior e Dinah se juntou a ela. A sonância daquela risada fez Normani suspirar, ela não era capaz de descrever o quanto aquele som lhe trazia uma tranquilidade na alma.— Você é completamente louca. — Normani falou, sorrindo. — Mas eu amo isso em você. — Elas se olharam e permaneceram assim por segundos, foi um gesto tão intenso. Normani só desviou o olhar dos olhos da loira, para fitar aquela boca entreaberta.
Aquele beijo na piscina ainda estava vivo na mente da polinésia. Tão real quanto sua existência. Então ela se permitiu questionar:
— Você quer me beijar? — A loira umedeceu os lábios, com a respiração ofegante, só não tinha certeza se pela fuga, ou pela tensão que se formou ali.
— É tudo que eu mais quero... Na verdade o que eu mais quero agora é poder tocar em você, sentir você em meus dedos. Ouvir seus gemidos por minha causa. Mas você não...
— Eu quero isso, Mani.
— O quê? — Ela perguntou, surpresa, buscando respostas em seus olhos incrivelmente castanhos.
— Eu quero experimentar...
— Tem certeza?
— Sim. — Dinah sussurrou.
A texana desviou o olhar, encarando novamente a boca bem desenhada. Ela estava convidativa demais, na verdade aqueles lábios carnudos eram sempre provocativos a qualquer momento, pelo simples fato de serem perfeitos.
Normani sorriu e confiscou aqueles lábios. Foi um beijo sedento. Profundo e delicioso.
Os quartos ficavam no segundo andar da casa, e elas subiram os degraus da escada principal, aos tropeços. Estavam perdidas nos lábios uma da outra.— Eu não vi nada. — Camila passou pelo corredor, avistando as duas encostadas na parede próxima ao quarto. — Continuem. — Ela desceu as escadas, indo em direção a cozinha.
— Caramba... Desculpas. — Dinah tentou se afastar. Ela parecia preocupada e envergonhada. Normani a manteve por perto, ao seu lado.
— Não se desculpe. Camila é assim mesmo. Vêm, vamos entrar. — Ela finalmente abriu a porta e quando entraram, se perderam no escuro daquele cômodo.
As mãos de Normani escorregaram pela nuca da noiva, a puxando para encontrar seu corpo, colando seus lábios. Foi de forma doce, porém intensa.
Quando suas peles se tocaram, o universo sorriu em constante vibração.— Tão gostosa... — A noiva tomou seus lábios novamente para si, os mordiscando de leve. Ela suspirou, descendo seus dedos gélidos pela coxa grossa da mulher, entrelaçada em suas pernas. O toque de suas peles lhe causavam arrepios.
O formigamento no corpo da loira, estava concentrado entre suas pernas. Aquilo estava a deixando maluca.
Elas se enroscaram até a cama, e Normani fez a loira se sentar na beirada, subindo em cima dela.
Dinah arfou e automaticamente seu quadril se projetou para frente, recebendo um choque que percorreu seu corpo.— Tão impaciente... Isso não muda nunca? — As mãos de Normani sobre a cintura dela, fizeram uma pressão vigorosa.
Dinah se perdeu nos carinhos de Normani. A texana tomou a ousadia de deslizar suas mãos por debaixo daquele sutiã que a noiva ainda vestia, encontrando seus seios volumosos. Ela os apertou, sentindo a maciez deles em suas palmas.
Colocando seus lábios no ombro da loira, Mani deixou rastros de beijos ali, logo o pescoço e o lóbulo da orelha foram seus alvos.
Ela sabia o quanto Dinah estava se controlando para não gemer. Até parecia que a mesma Dinah que odiava dar o braço a torcer, estava ali. Mas sua respiração saiu tão audível que a entregou.
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Remember me | Norminah
Hayran KurguComo recomeçar quando tudo, teoricamente, está perdido? As inquietações e incertezas fazem parte da vida de Dinah Jane, uma mulher encantadora perdida em si mesma e no mundo de pessoas que faziam parte de sua rotina, mas agora soam-lhe totalmente a...