4. - PRIMEIRO DIA NO LABIRINTO

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O sol estava brilhando, era um dia perfeito para um sorvete. Estava numa mesa ao ar livre tomando sorvete de limão com calda de chocolate ao leite. Passe todo o domingo ponderando sobre as vantagens e desvantagens de encarar a morte sozinha ou acompanhada. A covardia venceu o bom senso, iria convidar meus amigos a ir junto, por isso os chamei para a nossa sorveteria preferida, passamos bons momentos ali, talvez isso ajudasse no que tinha que dizer, e nas respostas dos meus amigos.

De longe vi Will e Lian chegando, depois de pegarem seus sorvetes, eles se juntaram a mim.

— Oi! — Disse Will roubando minha a cereja, fuzilei-o com o olhar, eu queira a minha cereja de volta, estava deixando-a por último. — O que você quer? — Ele colocou a cereja na boca devagarzinho com prazer ao ver como eu estava irritada.

Tomara que engasgue.

— Vamos esperar a Makenna! — Disse fingindo indiferença.

— Estou curioso. — Disse Will com um sorriso provocativo. Ele não se engasgou. Que pena.

— Esqueceu que Makenna iria entrar no labirinto nesse final de semana! — Sussurrou Lian, era perceptível que estava preocupado com a segurança dela. — Você falou com ela? Eu liguei para ela, mas deu caixa postal.

— Não, mas algo me diz que ela não foi para lá! — Respondi lembrando das palavras da vovó.

Assim que falei, Makenna apareceu, como os garotos, ela pegou seu sorvete e se juntou a nós, pelo excesso de chocolate e pela cara de bunda, ela estava de mau humor.

— Não era pra você estar numa aventura? — Provocou Will.

— Cala a boca! — Disse ela ranzinza. — Aconteceu algo estranho, não consegui achar o caminho, segui as marcas que Will deixou, mas elas acabaram e não havia nada além de árvores comuns, nada de flores, clareira, ou uma gruta.

— Você devia esquecer essa história, está ficando cada vez mais estranho! — Aconselhou Lian olhando para mim em busca de apoio.

"Não desta vez amigo. " Pensei com meus botões.

— Acho que devíamos voltar lá, nós quatro e explorar o labirinto! — Disse. Três pares de olhos surpresos me encararam, nenhum deles acreditavam no que haviam ouvido, me encolhi um pouco na cadeira diante seus olhares.

— Porque mudou de ideia? — Perguntou Lian. — E por que quer nos arrastar junto?

— Sou covarde demais para ir sozinha, mas entendo que vocês não queiram! — Disse disfarçando o ponta de irritação na minha voz, ele não precisava ter jogado isso na minha cara!

— Por que mudou de ideia? — Pressionou Lian, acho que ele queria me matar, quando finalmente havia uma chance de Makenna tirar aquela história da cabeça, eu incentivo.

— É complicado. — Me encolhi ainda mais, só de pensar em contar aquela história maluca. Mas se eu queria que arriscassem a vida, então um pouco de honestidade era necessário. — Eu meio que achei a parte de cima do vestido que encontramos na clareira.

— Onde? — Disseram três vozes em omissório.

— Vai parecer estranho, mas estava num baú, no sótão da minha avó!

— Não brinca! — Disse Will, seus olhos estavam arregalados, a colher cheia de soverte de morango parou no meio do caminho até sua boca.

— Ela já esteve no labirinto? — Perguntou Makenna entusiasmada. Assenti em resposta. — O que tem do outro lado?

O Labirinto dos ElfosOnde histórias criam vida. Descubra agora