27. - RUSHOX, O DRAGÃO DE METAL

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Alguém sacudia meus ombros, abri meus olhos dando de cara com Makenna.

— Apronte-se, está na hora de irmos. — Dito isso ela saiu.

Ignorei meu forte desejo de virar na cama e voltar a dormir, relutante me levantei, antes que o sono vencesse. Peguei minhas botas de caminha e as coloquei, não iria trocar de roupa, a túnica me deixa confortável. Nem me dei ao trabalho de arrumar meu cabelo, não iria para uma festa, não precisava ficar bonita para um dragão, não sabia o que atraia um dragão, mas com certeza não era o cabelo.

Peguei minhas armas ao lado da cama, o punhal na minha mochila, e os coloquei em seus devidos lugares. Estava pronta para a luta. Saí em disparada para a cozinha tinha a impressão que estava atrasada.

Para meu total azar, não fui a última a chegar, fui a primeira, logo em seguida de Will, para meu tormento. Não queria, não podia ficar perto dele, parecia que a cozinha estava se fechando. Tinha que achar algo para fazer ou iria enlouquecer.

Vi sobre a mesa uma possibilidade, estava sobre a mesa um pedaço de papel amarelado limpo e um lápis ao que parecia, peguei o objeto e o analisei, em vez de grafite tinha carvão, mas serviria. Comecei a escrever a receita do meu bolo da melhor forma possível, foi descrevendo como eram os ingredientes até o último. Ignorando a presença de Will.

Quando terminei Makenna e Lian estavam entrando na cozinha de mão dada, eles eram tão fofos juntos.

— Vamos? — Perguntei ansiosa por estar num espaço grande, assim poderia ficar longe de Will.

— Você é a única que sabe o caminho, então vá na frente! — Disse Makenna indiferente.

"Maravilha! " Resmunguei em pensamento.

— Então vamos! — Disse me levantando indo para fora da casa.

Meus amigos me seguiram enquanto embrenhávamos na mata silenciosa e escura. Estávamos levando apenas as lanternas e as armas, no caso de Lian, a sua preciosa câmera. Mantemos o silêncio durante todo o caminho, tínhamos medo de acordar algum elfo.

Finalmente chegamos na clareira, andamos por mais ou menos quarenta minutos em total silêncio, ninguém havia ao menos cochichado com o outro. Instrui meus amigos a procurarem entre as raízes que parecesse uma entrada.

— Acho que encontrei! — Gritou Will sem medo, já que estávamos longe das casas.

Nos juntamos a ele, que estava parado perto de uma raiz saliente, dando ideia de uma passagem.

— Tem certeza que é essa a entrada? — Perguntei cética.

— Só tem uma maneira de descobrir! — Disse Will entrando com os pés primeiro, pouco a pouco ele está totalmente dentro do buraco. — Deve ser aqui, podem descer, eu os ajudo.

Um a um fomos entrando pelo buraco, fui a última, estava um pouco com medo de entrar, já que não sabia onde daria aquilo e era muito escuro, não conseguia ver onde meus amigos estavam.

Engolindo o medo sentei no chão, segurei com força a minha lanterna, coloquei primeiro os pés, o ar estava mais frio lá dentro, respirei fundo e terminei de descer, estava me segurando meus pés balançavam no ar, apenas minhas mãos estavam para fora como medo, me estiquei para tentar sentir o chão, mas nada, pensei em subir de novo.

— Pode soltar Krys, eu te pego! — Disse Will. Continuei segurando, com medo. — Eu prometo. — Sua promessa foi dita com suavidade, o que fez com que me arrepiasse.

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