11. - IGNIS

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Há momentos na vida que seu maior desejo na vida é voltar no tempo. Vários motivos levam as pessoas a ter esse desejo, alguns são um pouco mais estranhos que outros, mas um Murbolg vindo na sua direção, é uma boa razão.

Estávamos caminhando como sempre, conversando alegremente, nem parecia que estávamos num labirinto cheio de monstros, por incrível que pareça, eles estavam silenciosos, quando de repente, o chão começou a temer, logo ouvia o som de pisadas seguidas por tremores, suspeitamos o dono desse tumulto, Makenna logo armou um ataque para ele, como o efeito surpresa não teria efeito com o grande número de olhos, decidimos por ir atrás dele.

Quando o encontramos estava há uns 15 metros de nós, partimos para o ataque, pondo o plano em prática. Nos dividimos e o cercamos.

Seu braço musculoso veio em direção ao meu pescoço, mas foi mais rápida, já conhecia isso e sabia como era doloroso, dei um golpe certeiro, ele não me tocaria. Tentei em vão segurar a repulsava ao ver e ouvir a sua mão cair aos meus pés.

Ele urrou de dor enquanto sangue negro jorrava do ferimento, sujando o que estava perto dele, ou seja, eu, tendo conseguido uma ótima e sangrenta distração, foi o bastante para que Makenna conseguisse perfurar o olho cego com sua espada, fazendo com que o Murbolg rugisse ainda mais. Ele começou a pender para os lados, o que fez com que no afastássemos apressados.

Assim que ele caiu morto demo um high five quatroplo em comemoração.

— Somos imbatíveis! — Disse Makenna animada dando pulinhos.

— Acho que nossas habilidades progrediram bastante desde que entramos nesse labirinto. — Disse Lian num tom de professor, analisando o quanto evoluímos nesse tempo no labirinto.

— Me sinto como fosse invencível! — Disse Will dando golpes do ar contra inimigos imaginários.

Fiquei um pouco fora da comemoração, eu sabia demais, por conseguir ler o diário da vovó sabia muito sobre o que iria enfrentar, principalmente no final do labirinto, era isso que mais me assustava, estava tendo pesadelos com isso desde que descobri. Me sentia mal por estar escondendo isso deles, mas não queria que se preocupassem por enquanto com isso.

— Você está bem? — Perguntou Will me fitando com intensidade.

— Sim! — Pensando em uma boa mentira... — Me sinto um pouco mal por ter cortado a mão dele. — Não era totalmente mentira, não gostei da ideia de cortar uma mão fora, mas adorava a ideia de que ele estava fora de jogo.

Will riu como se acabasse de ter ouvido a coisa mais engraçada do mundo.

— Só você para ter pena de um monstro. — Ele bagunçou meu cabelo antes impecável num rabo de cavalo.

Comemoramos ainda por alguns minutos antes que eu os convencesse a voltar a nossa jornada, nossa aventura estava se tornando maçante, andávamos muito e comíamos pouco, isso estava acabando comigo, assim como os outros, estávamos perdendo muito peso, sem falar nos constantes ataques de monstros.

As incertezas tomavam conta do meu coração, será que fiz a escolha certa? Será que devia ter vindo mesmo? Provavelmente não, para ambas as perguntas.

Me lembrei novamente daqueles quatro esqueletos, eles morreram de fome, será que esse seria nosso destino? Isso se ninguém não fosse morto por alguma criatura antes de morrer de fome.

Teríamos sorte se todos saíssem vivos.

Andamos até que escurecesse sem que nenhuma criatura nos tenha atacado, o que foi um alívio, escolhemos um cantinho para dormirmos, decidimos qual seria o turno de vigias. Depois nos preparamos para dormir, antes que me deitasse, me lembrei de algo importante para contar a eles.

O Labirinto dos ElfosOnde histórias criam vida. Descubra agora