20. - O REINO D'ÁGUA

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Já estávamos na carruagem há séculos, estava entediada, tentava e, vão não pensar nas palavras do grifo, mas era difícil, já havia escrito no meu diário, já havia lido o que eu ainda não havia lido do diário da vovó, já havia relido quase todo o diário.

— Se quiserem, já é possível avistar o Reino d'água. — Disse Ram através da janelinha.

Me inclinei na janela, primeiro só vi água, estávamos num lago cristalino, dava para ver grandes formas escuras se movimentando pelas águas misteriosas. Me perguntei onde estaria o dragão. Depois de olhar mais a frente, vi um palácio igual à da pequena sereia, só que em cima d'água. Havia várias casas ao redor do castelo, chagando mais perto, vi que as casas flutuavam, algumas estavam mudando de lugar, era incrível!

A carruagem fez a mesma descida de antes, porém desta vez sabia que não iria morrer, só aguardei o tranco final. Assim que aterrissamos, Ram abriu a porta para nós, os meninos desceram primeiro para que pudessem nos ajudar.

Estávamos num pátio bem amplo feitos de pedras meio azuladas com cristais verde água. Encarei as postar de cristal com sereias esculpidas em seu cumprimento, de repente, elas se abriram, dois elfos se aproximaram de nós, provavelmente os reis daquele reino.

— Sejam bem-vindos ao nosso reino, sou Dirar, rei desse reino, e essa é minha esposa, Lëea. — Disse o homem

Dirar era alto, tinha cabelos e olhos pretos, seu corpo era esguio, pareciam nunca ter encostado em uma arma, já Lëea, seus cabelos ondulados eram tão pretos que chegavam a ser um pouco azulados, seus olhos eram cor d'água, e estava visivelmente grávida, sua barriga era imensa, devia estar perto de dar à luz.

— Estamos honrados por estar aqui. — Disse fazendo uma mesura, que foi copiada por meus amigos.

— Podem se levantar, meus empregados irão levá-los até seus devidos quartos.

Uma pequena elfa apareceu pedindo que a seguíssemos ela, foi o que fizemos, seguimos para dentro do castelo, seu interior era ricamente detalhado em safiras e prata, as paredes eram feitas de pedra levemente azuladas. Seguimos por várias escadas e corredores, até que paramos num corredor com quatro portas. Foi instruído que escolhêssemos um quarto e que logo nossas bagagens seriam entregues.

Fui a primeira a escolher, escolhi o último do corredor, Will escolheu de frente para o meu.

"Que mania de perseguição! " Pensei rabugenta.

Makenna e Lian pegaram os outros dois ao lado.

Meu quarto era muito parecido com o do outro reino, só havia poucas diferenças, o lustre, em vez de estrelas, havia peixinhos...

— C...Com licença senhora, o almoço logo será servido, — Avisou a pequena elfa. — Tem alguns vestidos, se quiser posso ajudar a vestir um.

— Se não for incomodar... — Comecei a dizer;

— Não será encoimo nenhum e desculpe por interrompê-la. — Disse a elfa educada até demais.

Abri o guarda-roupa branco e azul, lá estava vários vestidos e algumas roupas masculinas, deslizei a mãos pelos descidos, todos eram de seda em vários tons de azul.

Escolhi um que era parecido com a cor dos meus olhos, a elfa, que descobri chamar Vaarlor, me ajudou a vestir, que caiu como uma pluma, era de apenas uma alça, marcava meu busto, que era quase inexistente, um cinto delicado estava amarrado logo embaixo dele. O restante do vestido caia levemente sobre meu corpo. Usei sapatilhas de um pano consistente branco e detalhes em safira.

O Labirinto dos ElfosOnde histórias criam vida. Descubra agora