35. - ESTRATÉGIAS DE GUERRA

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Acordei com o barulho parecido com o de uma trombeta, Will estava todo enrolado em mim, seus braços e pernas me abraçavam, tentei ao máximo me livrar de seus tentáculos sem acordá-lo.

Finalmente livre, peguei minhas armas e sai em busca de onde vinha o barulho, o acampamento parecia um formigueiro. Era uma confusão de armaduras vermelhas, violetas, prata e dourado.

Encontrei o vovô parado na frente do acampamento olhando para o nada, fui até ele, olhei para mesma direção, para o alto, cerca de cem Pégasus voavam em nossa direção, os cavalos começaram a sentir a energia maligna e ficar inquietos, eles desceram a alguns metros de distância do acampamento, logo deu para ver elfos em armadura prateadas e azuis, e os pégasus voando para longe.

Logo Rasfam estava à frente de Tyrond, eles trocaram um aperto de mão. Não perderam tempo para amenidades, logo o elfo do ar começou e perguntar por notícias.

— Onde está Radal.

Tyrond desviou o olhar para o lado antes de responder.

— Está morto. — Ele olhou para o rei novamente, com fogo nos olhos. — Foi morte por culpa de seu filho.

— Ele não é mais meu filho. — Disse com frieza na voz. — Vamos vingar a morte de Radal matando aquele cretino.

Sua frieza era estranha, principalmente, quando no dia anterior chorava pelo filho. Mas eu o entendia, Furiam havia traído toda uma espécie, ele merecia o ódio de seu pai.

— Não temos tempo de esperar os outros exércitos, precisamos agir! — Disse interrompendo as juras de vingança de Rasfam, que fez careta para mim.

— Ela tem razão, temos que nos reunir e traçar estratégia! — Disse Tyrond. — Quero que todos os generais me encontrem na barraca real em dez minutos. — Gritou ele, sua voz atingiu todo o acampamento.

— Você e seus amigos também! — Disse Rasfam me olhando com uma cara feia.

Sai correndo até nossas barracas, que ficavam lado a lado, enfiei a cabeça na minha e gritei para que Will acordasse e ficasse pronto, fui até a barraca de Lian e Makenna, pensei duas vezes antes de entrar, bati palmas e gritei:

— Vocês dois, levantem.

— Vá embora! — Disse uma Makenna sonolenta.

— Nada disso, temos uma reunião sobre estratégias, andem logo!

Sete minutos se passaram e nós quatro estávamos correndo, tentando encontrar a barraca real, um elfo teve que nos guiar até lá, era o mais longe da cripta possível. A barraca era grande, parecia mais uma casa do que uma barraca.

Havia dois guardas parados na entrada, um do fogo e outro do ar. Assim que nos viram abriram passagem.

A primeira coisa que vi quando entre foi uma grande mesa, não sei como haviam levado essa mesa, mas ela estava aqui, havia no total de cinco elfos no recinto, assim que nos viram fizeram sinal para que nos aproximassem.

— Precisamos de alguma tática para aniquilar esses malditos, tem alguma ideia. — Disse Rasfam.

— Podemos resistir a ele, vamos matar um por um, até que não sobre ninguém, assim que os outros reinos chegarem no ajudam! — Disse um elfo desconhecido, devia ser o general do espirito.

— É uma boa ideia, mas só irá nos cansar, não sabemos quanto tempo podemos resistir, nem quantos elfos negros ainda há, entraríamos numa batalha a cegas. — Disse Rasfan. — É perigoso!

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