Save Yourself

Capítulo 2 - enquanto o futuro não importa.

Gwen

É sorte é ficar trancafiada nessa jaula? O que está acontecendo de tão terrível que eu tenho de ficar presa?
Eu não entendo por que nem meu irmão veio me visitar e me explicar o que está acontecendo.
No início, eu achei que era uma tradição de minha família e que meus pais tinham arrumado um casamento arranjado, não seria a primeira vez que isso acontece em minha família (infelizmente).
Mas agora penso que eles descobriram sobre Lucas e tudo o que vivemos nesses últimos anos.
Lucas sempre foi meu amigo, sempre nos conhecemos e sempre brincamos na infância.
Até eu completar 17 anos.
No dia de meu aniversário, alguém me entregou uma carta: Me encontre lá fora, no telhado, daqui uma hora, dizia. Entrei no meu quarto, que fica no andar superior e abri um alçapão que fica no teto.
Antes de tudo acontecer e eu ficar presa aqui, eu tinha um teto de vidro, em que eu poderia ver o céu e tudo o que o mundo nos deu de melhor.
Então antes de subir eu vi uma sombra, fiquei um pouco nervosa, podia ser uma brincadeira de mal gosto, ou um ladrão, mas mesmo assim, subi.
Ele estava lá. Quando olhou para mim, mesmo naquele vento frio, eu estava aquecida. Aqueles olhos sempre foram o meu pôr-do-sol, tranquilos, alegres e encantadores.
Modestamente, aquele dia eu me sentia incrivelmente linda, eu estava usando um vestido e uma trança em meus cabelos cacheados.
Ele sorriu quando cheguei perto.
- Gwen, Gwen, Gwen. Como você pode ser tão linda? - sorri para ele. Desde que éramos crianças, nós brincávamos disto: cortejar um ao outro como cavalheiros desejando a mão de uma dama.
Minha família, tem uma origem muito influente, com nobres em cortes da antiguidade, infelizmente, isso até hoje sobe na cabeça de minha família, que acha que isso nos faz melhor que as outras pessoas. Sei que é triste pensar nisso de sua própria família, mas é como as coisas são aqui em casa: todos acham que temos direitos de ser tratados como deuses num mundo onde o único Deus só quer que amamos uns aos outros, coisa que, na minha família é considerado algo fútil.
Eu odeio que tenha que ser assim.
Eu odeio que meus pais tenham que ser assim.
Mas odeio principalmente minha mãe, Anna di Fiore, que leva a sério toda essa besteira, e sempre repete que: "di Fiore só são di Fiore se forem cortejadas no ouro".

Quando falei para Lucas, numa inocência infantil, sobre minha mãe e seu objetivo de vida de arrumar, no mínimo, um milionário para casar-se comigo, virei motivo de chacota. Cada vez que Lucas me via, fazia uma reverência e elogiava-me.
Na época ele tinha doze anos e eu, onze, ou seja, éramos umas crianças.
E como criança, para não deixar quieto, eu fazia isso também, elogiando ele com um tom de ironia. Mas, por mais que eu usasse adjetivos femininos para cortejá-lo, nunca menti sobre o que eu achava dele.

Saindo de minhas lembranças, naquele momento, com ele me observando bem no fundo de meus olhos, eu respondi:
- E você? Eu vejo o seu lindo sorriso no outro lado da rua, pela janela...- de novo não menti. Aquele sorriso... MEU DEUS, QUE SORRISO! Quando ele sorria, parecia que o mundo poderia parar de brigar e amar as pessoas igualmente. Como eu queria beijá- lo, oh Deus.
E, naquela noite foi o que eu fiz. Sem precisar dizer nenhuma palavra, só sentir o momento. Nenhum de nós dois precisou falar nada sobre o que sentia, pois aquele beijo, como aquele seu sorriso, tornava o mundo um lugar melhor.
Naquele beijo ninguém tinha medo dos pais, do casamento arranjado com um milionário hipotético que eu provavelmente iria ter anos depois, ninguém era Gwen e ninguém era Lucas.
Éramos somente jovens e apaixonados.
Tão diferente de hoje, em que estou tão presa quanto qualquer passarinho em uma bela gaiola.

...

Nota da Autora

Oii pessoas!!!

Eu queria perguntar algo para vcs: estão gostando da história? Esse é meu primeiro livro, e pode algumas coisas estarem com falhas, alguns erros de português, etc. Eu tento, eu juro, escrever tudo corretamente, mas se você achar algo de errado, por favor, comente para eu saber, muito obrigada.

Good Bye, da autora, vulgo a louca das bandinhas Indie, vulgo Luna.

Deixa o seu voto, não dói e não mata, por favor!