Capítulo 11 - vamos fugir daqui.

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Gwen

Eu estava deitada em minhas ilusões, pronta para dormir em minha cama quando, impaciente resolvi.

É hoje.

Pego uma mochila, roupas, escova de dente, tesoura, agulha, coisas que, se eu fugir para sempre (ou semanas, ou meses, ou anos), serão mais que necessárias.

Depois, uma coisa que confirmava a próxima vez que eu iria sair: joias, um monte delas. Desde a de ouro que ganhei no aniversário de "maioridade" de meu pai, (maioridade? Se é ter dezoito anos e for estudar como os outros fazem tudo bem, agora, na minha família, isso é só a permissão para beber, pois as mulheres nunca saem de casa), até as de diamante e rubi que são herança dos di Fiori há séculos.

Essas joias irão me salvar se eu conseguir fugir, pois a primeira coisa que irei fazer é vendê-las. Me darão um lindo dinheiro.

Visto-me, me agasalho, coloco a mochila em minhas costas e me aproximo da porta e pego um livro.

E grito, grito o mais alto que posso.

...

Alguém abre a porta rapidamente. Empurro a pessoa com toda a minha força e com o livro bato em sua cabeça. Mudo de ideia.

Fecho a porta e pego o celular do empregado que veio "me socorrer". Depois disso ela que precisará de ajuda, coitada.

Pego e escrevo uma mensagem, se eu não fugir, espero pelo menos ir o suficientemente longe para alguém bom o suficiente para achar o celular e chamar a polícia para esta me tirar deste cárcere.

Então, ainda com a empregada desmaiada, corro o mais rápido que eu posso.

Passo pelo corredor, ninguém passa por mim.

Passo pela escada, ninguém.

Então chego à porta.

Abro.

Coloco os pés para fora.

E então, antes de fechar delicadamente a porta, algo me apavora.

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