O patriarca Rócio Mattes morre misteriosamente em uma suíte de seu Hotel em São Paulo, deixando órfãs suas filhas Belinda e Annabelle Mattes, ambas que já sofreram anos atrás com a morte de sua jovem e amada mãe. Mas será a filha mais velha, Annabel...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O ódio a consumia.
— Não... Eu – ela tentou escapar, mas faltava-lhe palavras.
— Não procure desculpas. De agora em diante, você me pertence, Annabelle. – Anthony ousou aproximar os lábios aos de Annabelle. No entanto, era apenas provocação... Ele sorriu brevemente e vitorioso ao vê-la fechar os olhos, e desviou os lábios até a orelha exposta, ornada por um pequeno brinco com diamantes. — Irá almoçar comigo. – disse, ao afastar-se inesperadamente e caminhar para sua mesa onde pegou a caixa com o anel de noivado, em seguida a guardou no bolso interno do paletó, deixando Annabelle recuperando o fôlego.
Olhando a sua volta, um tanto atordoada, Annabelle recolheu sua bolsa e sua dignidade. Empinou o perfeito nariz e respondeu firme.
— Você tem razão... E se deseja que eu o acompanhe para o almoço. Eu irei! – caminhou para a porta, vendo que Anthony tomava o mesmo rumo, ainda ganhando alguns passos de vantagem.
Mas ele recuperou a distância e passou à sua frente, abrindo gentilmente a porta para Annabelle.
— Obrigada. – agradeceu azeda. Ele riu divertido.
Vivian, a secretária os observou passar com os olhos esbugalhados.
Anthony tomou a mão de Annabelle e apertou firme para que ela entendesse de que não deveria negar a intimidade.
— Passe meus compromissos da tarde para Otto, Vivian. – ele disse sem desacelerar seus passos.
— Sim, senhor Bardini. – a secretária respondeu ainda surpresa.
Caminharam em silêncio até o elevador, Anthony ainda matinha sua mão entrelaçada a de Annabelle. Ao entrarem no elevador, Annabelle tentou se desvencilhar, mas Anthony foi mais rápido e gesticulou discretamente para a câmera. Sabendo que certamente estavam sendo observados. Então, ela se rendeu. Manteve-se em silêncio. Contudo, seu corpo estava em alerta, sensível, completamente afetada pela presença do Bardini.
— Eu vim com o meu carro. – Annabelle sussurrou, depois de o elevador mover-se três andares a baixo.
— Não se preocupe com isto. – Anthony a encarou brevemente e sorriu gentil. — Me dê às chaves. – disse, ao soltar sem pressa a mão de Annabelle, que logo em seguida buscou pela chave automotiva em sua bolsa e o entregou sem reclamar.
— Recomende cuidados com o meu carro. – resmungou um tanto contrariada, visto que não tinha opções.
Anthony não respondeu, apenas trocou um olhar e fez uma careta irritada.
Quando as portas do elevador foram abertas, Anthony voltou a segurar a mão de Annabelle, que aos poucos se acostumava ao toque. Ela sabia que, de agora em diante, teria de acostumar-se com a ideia de que sua vida seria controlada por ele... Que suas vontades seriam de acordo com as vontades de Anthony e que os toques seriam inevitáveis.