Quando Anthony voltou, cheirando a sabonete após alguns minutos, Annabelle dormia. Ainda assim, ele não respeitou o seu sono.
Deitando-se de lado na cama, ele virou gentilmente o corpo feminino e massageou o sexo ainda úmido de Annabelle antes de posicionar-se na entrada, abrindo lentamente suas pernas e colando as costas de Annabelle em seu peitoral, ele a penetrou lentamente.
Ela acordou, gemendo baixo.
— Anthony. Eu estou morta. — ela murmurou sonolenta.
— Não, não está. — ele riu, beijando delicadamente seu ouvido. — Ainda não, só quando eu acabar.
Então, ele puxou seu rosto e beijou os lábios de Annabelle, despertando-a de sonolência pós-orgasmo.
Annabelle tinha então, consciência de que estava nua e sob o poder de Anthony. Seus instintos protetores diziam que ela devia lutar para rejeitá-lo.
Ela tentou, desde o início, desde o primeiro beijo naquele elevador. Mas estava inclinada sobre o abismo de prazeres que Anthony lhe ofereceu dentro de um sedã de luxo, rumo ao baile de gala no Rio de Janeiro, quando a enredou em uma armadilha prazerosa e viciante.
Contudo, depois de lutar contra si mesma em nome do ódio que, no fundo ainda sentia por ele, ela percebeu o quanto era inútil lutar contra a paixão que esteve adormecida em seu peito, e despertava de forma devastadora.
Pensando então, porque se atormentar com as lembranças dolorosas de um tempo em que ela o desejou desesperadamente, se agora, ele estava ali... Somente para ela.
Annabelle deixou-se submeter ao domínio dos lábios hábeis de Anthony... Do corpo quente movendo-se ao encontro dela. Estocando fundo e lento. Das mãos fortes que segurava sua cintura fina, ao mesmo tempo em que ele murmurava palavras despudoradas ao pé de seu ouvido.
Sabia que a partir daquele dia, ela não teria mais volta.
Sua alma havia sido devastada pelo demônio chamado Anthony Bardini. E, ao que parece, não era o bastante para Anthony tê-la nua ao seu dispor. Ele também queria sua mente. Seus gemidos e seus lamentos.
— Está tomando as pílula? — ele perguntou em algum momento. Annabelle parecia flutuar no céu de prazeres que Anthony lhe proporcionava com aquela pegada firme das mãos e aquele membro duro, grosso e latente.
— Sim. — respondeu em um gemido.
— Que bom. — ele disse com uma forte estocada, mudando o ritmo calmo e profundo de antes. — Porque quero gozar dentro da minha cadela.
Ela olhou para Anthony, e viu ali o mesmo desejo que sabia estar refletido em seus próprios olhos. Então, estendeu a mão para tocar o seu rosto, a fina camada de barba, e deslizou até o pescoço dele e o segurou firme. Como quem se prepara para a cavalgada mais alucinante de sua vida. Ele entendeu o recado.
Em um movimento rápido, Anthony estava sobre Annabelle, e não mais ao seu lado. Erguendo as pernas torneadas de Annabelle até os seus ombros ele foi ainda mais fundo. Com uma de suas mãos, apertou o pescoço de Annabelle, asfixiando-a de forma perigosa e sexy.
— Vem, vem comigo. — ele rosnou.
Estocou bruto, com tanta força que Annabelle sentiu sua cabeça bater na cabeceira da cama. Ele então a puxou de volta para ele e a prendeu em seus braços. Voltando a estocar.
Ela gritou, fechou os olhos com força e lágrimas desciam de seus olhos, quando abriu os olhos, viu o suor brotar do peitoral de Anthony, macio e sem pelos... E aquele cheiro de suor, misturado ao perfume natural de sua pele, estava entorpecendo-a.
Toda aquela intensidade lhe assustava, mas também a deixava maravilhada.
Finalmente, ela estava conhecendo Anthony Bardini, ainda que soubesse que suas taras não se bastavam aquele sexo, que para ela estava sendo o mais incrível de sua vida, mas que para ele talvez, pensava ela, fosse apenas mais uma foda.
Quando o êxtase total tomou conta de Anthony e Annabelle, ele saiu de dentro dela com seu membro ainda pingando seu gozo leitoso, ela admirou impressionado todo o seu tamanho. Sentindo água na boca, mesmo tão cansada após mais um orgasmo.
Molhou os lábios com a língua, olhando para o membro de Anthony como uma criança olha para um doce.
Ele riu.
— Você o quer? — ele perguntou, roçando o membro na coxa dela, deixando ali as últimas gotas de seu gozo.
— Sim. — ela disse, sua voz saiu manhosa.
— Você terá mais tarde. — ele beijou os lábios de Annabelle com a leveza de uma pluma e levantou o rosto, encarando-a com aqueles olhos intimidadores. — Mas terá de fazer por merecer.
Ela sorriu. Sabia que nada seria tão fácil. E percebeu que, então era chegada a hora. E que comecem os jogos! Ela pensou.
— O que preciso fazer para merecer? — ela perguntou, com os olhos desafiadores.
— Primeiro... Nada de roupas enquanto estivermos aqui.
— O que você espera... — ela disse nervosa. — Quer que eu ande nua pelo Iate, com todos estes funcionários?
Ele gargalhou. Sentou-se sobre os joelhos de frente para Annabelle, ainda mantendo as pernas dela bem abertas.
— Não exagere. — ele brincou. — Apenas biquíni lá fora, e aqui no quarto, absolutamente nada.
— Sim senhor. — ela respondeu dando de ombros. Não seria difícil usar biquíni o tempo todo com o calor que fazia lá fora.
Mas Anthony fez um biquinho contrariado.
— Não hesite em me conter quando achar necessário, lembre-se que você tem esse poder, entendeu?
Ela sentiu o ventre se contrair.
— Sim senhor! — respondeu, percebendo o quanto se sentiu excitada em chamá-lo de uma forma que ela julgou um dia ser humilhante.
Como eu estava enganada! Disse a si mesma, mentalmente.
— Vem. — ele disse ao levantar-se e esticar as mãos para ela também se levantar. — Vamos tomar um banho e depois quem sabe ir nadar, ou andar de Jet ski, explorar por aí.
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Ódio & Luxúria - Degustação
RomanceO patriarca Rócio Mattes morre misteriosamente em uma suíte de seu Hotel em São Paulo, deixando órfãs suas filhas Belinda e Annabelle Mattes, ambas que já sofreram anos atrás com a morte de sua jovem e amada mãe. Mas será a filha mais velha, Annabel...