Ódio & Luxúria - Degustação

Capítulo 6

Annabelle estava se aproximando do seu vigésimo quinto aniversário e tivera poucos namorados, sua fama de nerd na faculdade não ajudou muito. Ela cursou literatura, e nunca trabalhou. Também nunca precisou. A fortuna da família, até onde ela sabia, cobriria seus gastos e os gastos por gerações de sua família.

Já Belinda sempre fora a mais espevitada da família, desde pequena. Seu jeito de ver o mundo com leveza fez dela a favorita de seu pai. E parte por ela ter crescido sem a mãe, fez dela uma menina mimada e distante da realidade.

Sua mãe, Glória Lélis Mattes de Proença, morreu após uma cirurgia plástica, a vaidade extrema lhe custou a vida. Na época em que perderam a mãe, Belinda era apenas uma menina de seis anos, cuidada basicamente por babás, não sofreu tanto a falta da presença materna quanto Annabelle, que teve uma mãe presente, discreta e caseira.

Glória Lélis era uma exemplar socialite, até descobrir as traições do marido e se tornar como todas as 'esposas de luxo' que existem na alta sociedade.

— Oi! Irmã, junte-se a nós! — Belinda gritou para irmã, ao ver Annabelle descer de sua BMW branca conversível frente à mansão Mattes.

— Tenho umas coisas para fazer, divirtam-se. — Annabelle sorriu forçada para irmã.

Antes de entrar em casa, observou por alguns segundos sua jovem irmã de dezenove anos se divertindo com seu namorado, Caio. Belinda gargalhava a cada salto em uma enorme cama elástica montada no gramado.

Caio não vinha de uma família tão rica quanto fora a Mattes mas, ao que sabiam sobre o rapaz, tinha boa índole e era completamente apaixonado por Belinda desde que se conheceram no colegial, há quatro anos. Caio não era o príncipe que Rocio Mattes sonhava para a filha, no entanto, contentava-se em vê-la feliz.

Annabelle despiu-se do conjunto de vestido e botas que usou para ir ao escritório do Bardini, em mais uma tentativa de fazê-lo esquecer de tal proposta, e aceitar sua oferta.

No seu banheiro espaçoso e perfumado, pensou até quando poderia desfrutar de tal conforto. E sua irmã? O que seria dela quando não mais pudesse pagar a faculdade?

A água morna da banheira era reconfortante, e certa de que havia trancado a porta ela se entregou as lágrimas que segurou por dias. Fazia exatos dezesseis dias após a morte de seu pai.

"Deus!" choramingou, pensando que seu prazo chegava ao fim no dia seguinte. Talvez devesse começar a fazer suas malas e procurar por um apartamento modesto e até mesmo um emprego.

"Eu os arrastarei por uma vida bem selvagem através de uma rasa e vã mediocridade"

Gritou a voz masculina e demoníaca, gargalhando em seu pesadelo.

A água espalhou-se quando ela, assustada, debateu-se na banheira ao despertar do pesadelo. Annabelle havia caído no sono... Estava exausta fisicamente e mentalmente.

Sem desconforto algum com sua nudez, ela deixou a banheira e encarou seu corpo frente ao espelho ornado por rosas de metal que decorava o elegante banheiro. Notando seus olhos inchados e vermelhos. "Lágrimas não vão me ajudar em nada!" Ela disse para seu reflexo no espelho.

Decidida, ela pegou seu celular, e buscou em sua bolsa o cartão com o número de telefone que desejou nunca precisar digitá-lo.

Do outro lado da linha, ele atendeu ao segundo toque.

— Eu aceito. — ela disse de imediato, reprimindo um soluço.

Annabelle pode ouvir a risada abafada dele do outro lado da linha antes de responder.

— Decisão inteligente, senhorita Mattes. — ele disse com sua voz polida. — Mandarei meu advogado lhe procurar em sua casa ainda hoje, ele levará todos os documentos necessários.

— Não é necessário, senhor Bardini. — ela disse, seu queixo tremia enquanto ela aprisionava o choro.

— Annabelle... Você é quase a minha noiva, poderia começar a me chamar apenas de Anthony... — ela reconhecia o tom divertido do outro lado da linha, e podia jurar que ele ostentava aquele sorriso cínico. E lindo!

— Volto a repetir, não será necessário que seu advogado venha até minha casa. — ela teimou em dizer. — São negócios, lembra? E negócios são tratados em local de trabalho. — ela foi ríspida.

— Entendo... Mas existem muitas cláusulas no contrato, então, mandarei alguém de confiança para que lhe entregue em mãos hoje mesmo parte do nosso contrato.

— Como assim, parte do contrato?

— Você irá entender Annabelle. — ele disse seu nome com elegância. — Tenha uma boa tarde, minha querida quase noiva.

Antes que Annabelle pudesse perguntar qualquer outra coisa, ele já havia desligado

Em breve este livro estará completo na Amazon! 

E, hoje venho com boas noticias... Estou fazendo de tudo para que na semana do dias dos namorados ele chegue finalmente na Amazon e Saraiva Online!

E ai, gostaram da novidade? rs

Beijos amores... e não deixem de ir conferir BAD GUY, o vilão mais tentador do wattpad. rs

Até mais

Nana Medeiros