O patriarca Rócio Mattes morre misteriosamente em uma suíte de seu Hotel em São Paulo, deixando órfãs suas filhas Belinda e Annabelle Mattes, ambas que já sofreram anos atrás com a morte de sua jovem e amada mãe. Mas será a filha mais velha, Annabel...
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— Annie, respire!
Annabelle sentiu alguém pressionar seu peito algumas vezes e depois soprar em sua boca.
— Por favor, abra os olhos! — ela pensou estar sonhando quando ouviu a voz máscula sussurrar próximo ao seu ouvido... Ou apenas em sua mente.
Seu estômago revirou, e como uma bola de fogo a água passou por sua garganta e inundou sua boca, forçando-a a cuspir. Logo ela percebeu que conseguia respirar, e afobou-se para tal, tossindo e cuspindo o que ainda restava de água em sua boca.
— Oh, graças a Deus! – ela voltou ouvir a voz conhecida, mas estava tão diferente. Emocionalmente abalado, Anthony abraçou Annabelle contra seu peito assim que ela voltou a respirar.
Annabelle abriu os olhos, confusa.
— O que? — Ela ainda completamente confusa perguntou. — O que você está fazendo aqui... A reunião...
— Shiii... Apenas respire. – ele abraçou e acarinhou os cabelos de Annabelle, circulando o corpo curvilíneo de sua namorada.
Ela sentiu uma grande paz... Por dois motivos: Um; Estava viva. E dois; Ela havia conseguido escapar daquele pesadelo com Julia Tedesco, ex-namorada de Anthony Bardini.
Anthony carregou Annabelle em seus braços ainda semi-inconsciente até o elevador, e desceu até a garagem onde uma ambulância já a esperava. Ele mantinha Annabelle em seus braços, colada ao seu peito.
Seu terno de grife estava ensopado, seus sapatos inundados faziam um barulho estranho a cada passo. Ele tinha certeza que iriam para o lixo junto com o seu moderno aparelho de celular que estava no bolso de seu paletó, e após ele mergulhar completamente vestido na piscina, não serviriam para mais nada. Embora, ele não tenha pensado nisto quando se atirou naquela piscina. Ele absolutamente não pensou em mais nada que não fosse salvar Annabelle Mattes.
— Senhor Bardini, assumimos daqui. – disse um enfermeiro.
— Para o inferno que não vou entrar nesta ambulância! – ele empurrou o enfermeiro para fora do veículo e sentou-se no lugar dele.
O jovem enfermeiro ficou do lado de fora da ambulância, encarando os paramédicos que prestavam os primeiros socorros a Annabelle.
Um deles assentiu que estava tudo bem. Então, o jovem enfermeiro fechou as portas traseiras da ambulância e o automóvel saiu do estacionamento com as sirenes ligadas, cruzando o intenso trânsito da movimentada zona Sul do Rio de Janeiro.
Uma hora depois, suas roupas ainda estavam úmidas e molhando todo o estofamento da valiosa poltrona na sala vip do hospital. No andar de cima, Annabelle recebia os tratamentos adequados.
Finalmente um médico surgiu, sorrindo de forma amigável para Anthony.
— Sua namorada está bem... — ele disse da porta. — Ela está dormindo, só precisa descansar um pouco agora. Bebeu bastante água, mas vai ficar bem. — ele garantiu.
