VI

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Lauren P.O.V


Eu estava parada em frente aquele espelho do banheiro há minutos, pensando o que eu havia na cabeça para ter decidido sair com Max e Sabrina para curtir a noite numa balada próxima daqui. Eu queria diversão, distração de todos os meus problemas, e sair para beber parecia ótimo. Uma batida na porta do meu quarto me desperta e vou correndo até lá, dando de cara com o rosto maquiado de Sabrina. Ela estava bonita. Bastante. Assim que seus olhos batem em mim eles parecem brilhar, mas ela desperta e sacode a cabeça, me fitando.


— Pronta para curtir e beber até desmaiar nessas ruas?! — Ela fala animada e é impossível não sentir seu espírito.


— Pronta!


Max surge na fresta da porta, seus cabelos loiros bem arrumados e um sorriso enorme, que alarga ao me ver. – Nossa Lauren, você está de matar!


Coro com seus elogios e abaixo a cabeça. Eu não era vulnerável assim dessa forma. – Está mesmo.


Quem fala é Sabrina, deslizando os olhos pelo meu corpo coberto por aquele camisão grande e um short curto preto, além dos meus tênis Superstar. O que estava rolando com aquela garota? Max nos desperta daquele transe esquisito dizendo que iríamos pegar um Uber para ir a tal boate, assim não precisávamos medir nosso nível de álcool. Ótimo. Eu queria ficar chapada e transar com alguém. Quem sabe o Max. Ele é bem gatinho, e sei que quando ela soubesse ficaria furiosa e...


Mas o que estou pensando?!


Camila não é mais minha prioridade, ela é só mais uma safada sem noção que entrou na minha vida, me fodeu e vazou. Isso. Nada de pensar nela hoje. Durante todo o caminho eu sorria, assim como Sabrina. Eu deveria estar insana, mas sentia que ela estava afim de mim, talvez.


— Já veio aqui antes?


Eu a questiono assim que entramos na movimentada boate, que rugia um som alto e me deixa em um nível de animação grande. – Já. Você vai adorar.


Passo meus olhos por todo o ambiente, vendo que já recebia olhares de desejo. Hoje que eu ficava com alguém daqui. Certamente. Quem sabe Sabrina. Max. Os dois pareciam afim de mim, e me ocorre que toda a implicância de Sabrina com Camila poderia ser ciúmes.


— Vou beber algo no bar, S. Me procure quando tomar coragem. – Provoco, piscando para a loira do meu lado e indo para o balcão de bebidas, pedindo ao garçom uma dose de vodka pura. Sabrina está fora do meu campo de visão e suspiro. Sério mesmo que ela iria dar para trás? Ainda mais comigo estando chapada e visivelmente magoada, sedenta por um sexo de esquecimento? Eu mal tinha controle sobre mim. Só bebia vodka e comia uns amendoins que havia em um pote ali no canto, começando a me alterar levemente. Isso até ouvir uma voz zombeteira ao meu lado e dar de cara com a loira bonitona do avião. Que sorte!


— Já está assim, linda? Eu acabei de chegar e já está caída!


Comandante Cabello | IntersexualOnde histórias criam vida. Descubra agora